São Paulo (AE) Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram 28,8 bilhões entre janeiro e agosto deste ano, com crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2004, quando o resultado havia ficado em R$ 24,4 bilhões.
Na comparação de agosto de 2005 com o mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 27%, com as liberações aumentando de R$ 3,3 bilhões para R$ 4,2 bilhões. A expansão nos desembolsos nos oito primeiros meses do ano decorreram, principalmente, de liberações realizadas para o setor industrial que subiram 52% e totalizaram R$ 13,7 bilhões. O segmento industrial com maior volume de desembolsos, de R$ 5,5 bilhões, foi o de material de transportes (fabricação e montagem de veículos automotores, aeronaves, embarcações e equipamentos ferroviários), com incremento de 28% em relação ao mesmo período de 2004. O maior crescimento dentro do setor industrial, de 239% aconteceu no segmento da indústria mecânica, com R$ 1,8 bilhão em recursos liberados.
Expectativa
De acordo com o BNDES, os empréstimos aprovados de janeiro a agosto somaram R$ 31,3 bilhões, com crescimento de 39% em relação aos R$ 22,5 bilhões do mesmo período de 2004. O crescimento foi ainda mais significativo quando se comparam as aprovações de agosto deste ano com as do mesmo mês do ano passado. Foram aprovados R$ 2,7 bilhões em empréstimos, 205% a mais do que os R$ 910 milhões de agosto de 2004.
O presidente do BNDES, Guido Mantega, acredita que os desembolsos de recursos pela instituição devem ficar em R$ 50 bilhões neste ano, abaixo do orçamento de R$ 60 bilhões. Mesmo assim, se confirmado, o montante representará um crescimento de 25% em relação a 2004.
Para Mantega, as liberações não alcançarão o orçamento porque muitas empresas estão capitalizadas e várias das que precisam de recursos estão recorrendo ao mercado internacional. Além disso, segundo ele, o setor agropecuário está desaquecido e portanto, demandando menos crédito.
Um quarto motivo para o desembolso menor que o esperado é o fim do programa de capitalização das distribuidoras de energia elétrica. "As elétricas se recuperaram e não há necessidade de manter o programa de capitalização", afirmou. "O segundo semestre é sazonalmente mais aquecido do que o primeiro e por isso as liberações devem crescer nos próximos meses."
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