A bolsa brasileira perdeu força e fechou apenas em leve alta nesta terça-feira, em mais uma sessão de fraco volume na véspera do vencimento de contratos futuros do Ibovespa.
O principal índice das ações brasileiras teve alta de 0,29 por cento, a 62.204 pontos, após ter chegado a subir 1,1 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 5,02 bilhões de reais, abaixo da média de 6,5 bilhões este ano.
O Ibovespa não conseguiu acompanhar o passo dos índices das bolsas norte-americanas, que refletiram os sinais de uma desaceleração apenas suave na China e nos Estados Unidos para cravar altas de mais de 1 por cento, no melhor dia para o índice Standard & Poor's 500 em quase dois meses.
"O volume tem sido constantemente fraco. Isso mostra que o investidor está reticente, arredio, não quer botar dinheiro no mercado", disse Marcio Cardoso, diretor da Título Corretora de Valores. Na segunda-feira, o Ibovespa fechou no menor nível em 11 meses, e o mercado ameaçou um repique nesta terça.
Em nenhum dia de junho o volume superou a média anual.
O setor imobiliário foi o destaque de baixa, com queda de 3,41 por cento de MRV, a 14,15 reais, 3,0 por cento de PDG Realty, a 9,04 reais, e de 2,77 por cento de Cyrela, a 15,45 reais.
O mercado aguarda a definição sobre a segunda fase do programa Minha Casa Minha Vida, a ser anunciado na quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff. O governo ainda não decidiu sobre a meta final do programa, e pode incluir no cálculo 400 mil moradias já consideradas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para áreas de risco.
Mas como não houve queda "homogênea" nos componentes do Ibovespa, o operador de renda variável de uma corretora, considerou que isso pode indicar um efeito menos relevante do vencimento de contratos futuros de Ibovespa, na quarta-feira. Os investidores estrangeiros exibem posições vendidas de quase 100 mil contratos, pressionando o mercado para baixo.
Entre os papéis de mais liquidez, Vale PNA subiu 0,25 por cento, a 43,51 reais, e Petrobras PN avançou 1,16 por cento, a 23,60 reais.
Embraer ganhou 4,02 por cento, a 12,69 reais. Analistas do Goldman Sachs esperam alta das ações da fabricante de aviões durante a Paris Air Show e no segundo semestre, com expectativa de encomendas acima da média.
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