Peças
Fornecedora vai se instalar em Araucária
Da Redação
O presidente mundial da multinacional sueca Leax, Roger Berggren, anunciou na segunda-feira a escolha de Araucária (região metropolitana de Curitiba) para a instalação da primeira filial do grupo nas Américas. A Leax fabrica peças automotivas e passou nove meses estudando o melhor local para sua unidade. De acordo com o presidente da empresa, as candidatas eram as regiões de Curitiba e São Paulo pela proximidade com as montadoras, clientes da Leax Volvo e Scania usam peças da empresa. Já foram contratados 11 funcionários, incluindo dois engenheiros, que estão na Suécia para treinamento. A empresa informa que pretende inaugurar a unidade e iniciar a produção em 21 de março e já alugou um barracão industrial, mas os planos são de construir uma sede própria ainda no ano que vem, também em Araucária, e empregar 150 pessoas quando a capacidade máxima de produção for atingida.
Investimento
R$ 25 milhões foi o valor investido pela Volvo na construção das linhas de caixas de transmissão automáticas e de motores de 11 litros
A Volvo do Brasil inaugurou ontem duas linhas de produção em sua fábrica, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Uma delas fabricará as caixas de câmbio eletrônicas da marca, chamadas iShift, enquanto a outra vai produzir motores de 11 litros de capacidade. Os investimentos nos projetos totalizaram R$ 25 milhões, de acordo com a montadora.
Até então, esses equipamentos eram importados da Europa. Sem revelar a diferença de custos gerada pela produção local, a Volvo afirma apenas que a nacionalização destas linhas "reafirma a confiança da marca no Brasil e em seu período de forte crescimento", segundo o presidente da montadora na América Latina, Roger Alm.
A produção da caixa iShift em Curitiba que equipa 80% dos caminhões e 90% dos ônibus produzidos pela empresa no Brasil é a primeira linha desse tipo da marca fora da Europa. Até então, o equipamento era fabricado apenas na Suécia, onde fica a sede da Volvo.
A linha de produção já está pronta para funcionamento e tem capacidade produtiva anual de 13 mil caixas por turno. Atualmente, de acordo com a companhia, a demanda pelo equipamento gira em torno de 11 mil unidades. Os motores de 11 litros equipam uma das linhas de caminhões da Volvo e também os ônibus pesados da empresa. A expectativa da marca é de que eles comecem a ser produzidos na próxima semana. Os motores e as caixas de câmbio vão equipar os veículos que passam a ser produzidos no padrão de emissão de poluentes Euro 5, obrigatório para as montadoras brasileiras a partir de 2012.
Reajuste
A Volvo não informa o peso das novas linhas de produção nos preços que serão repassados ao consumidor. De acordo com a montadora, os novos equipamentos fazem parte de uma série de processos que serão adotados para o Euro 5, que, somados, levarão a um custo maior dos caminhões. A expectativa é de um encarecimento entre 10% e 15% nos preços totais dos veículos a partir de 2012.
Com isso, as vendas para o ano que vem são encaradas com resguardo pela companhia. O mesmo ocorre com o funcionamento do novo padrão de poluentes. "A oferta de combustível ainda é uma dúvida. E, nas vendas, prevemos que o primeiro trimestre deve apresentar números menores do que aqueles que temos tradicionalmente", diz Nilton Roedel, diretor da divisão de powertrain da Volvo.,
Empresa ampliará área de pintura em 2012
Com o início da operação das novas linhas de equipamentos e os olhos já atentos à vinda do Euro 5 em 2012, a Volvo passa a dar atenção a outros projetos e também a movimentos do mercado.
No ano que vem, começam as obras para ampliação da unidade de pinturas de cabines, envolvendo investimentos de R$ 80 milhões. A conclusão deste projeto é esperada para 2013. A Volvo não divulga as expectativas de aumento na produtividade da área.
Para os próximos anos, o que também vai demandar esforços da companhia é a briga com a concorrência. Dentro de até cinco anos, pelo menos duas novas montadoras de caminhões devem se instalar no país: a americana Paccar, que deverá estar instalada até 2013 em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e a chinesa Sinotruk, que tem boas possibilidades de se instalar também no Paraná já a partir de 2012.
Perguntado sobre o movimento dos novos e próximos concorrentes, o presidente da Volvo para América Latina, Roger Alm, respondeu rapidamente "We're Volvo" ("Nós somos a Volvo"). A explicação dada por ele na sequência foi no sentido de que a marca já tem um bom espaço no mercado, o que lhe daria certa segurança, além de que não caberia a ele comentar as ações dos concorrentes.
De qualquer forma, ao levar em conta a concorrência e também a oferta do Euro 5 em 2012, Alm citou o crescimento das vendas de caminhões da marca no Brasil no acumulado no ano 31,5% superior ao mesmo período de 2010 , ressaltando a importância em manter uma estabilidade nos próximos períodos.
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