Ponta Grossa terá fábrica da Paccar
Derek Kubaski, especial para a Gazeta do Povo
Ponta Grossa - Com apetite para abocanhar, nos próximos dez anos, 10% do mercado nacional de caminhões médios e pesados, a norte-americana Paccar anunciou, nesta semana, a construção de uma linha de montagem em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. A multinacional é a segunda maior fabricante de caminhões dos EUA. Esta será a primeira unidade da empresa na América do Sul, com investimento de cerca de US$ 200 milhões (R$ 327 milhões).
A unidade da DAF Brasil (empresa do grupo Paccar) vai produzir os modelos "cara chata" DAF LF (caminhões menores, voltados para o transporte de cargas urbano e regional), CF e XF (adaptados para o transporte de grandes volumes e cargas especiais em viagens mais longas). A fábrica terá aproximadamente 30 mil metros quadrados, as obras devem começar ainda neste ano e o início das operações está previsto para 2013. A empresa anuncia que serão gerados 500 empregos diretos.
Estoque em alta preocupa Fenabrave
Agência Estado
São Paulo - Os emplacamentos de veículos novos no Brasil somaram 327.393 unidades em agosto, alta de 4,67% ante o mesmo mês de 2010, segundo informou ontem a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em relação a julho deste ano, houve um acréscimo de 6,91%. Os dados incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Mas, apesar da alta nas vendas, o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, afirmou que os estoques de veículos nas concessionárias, que em agosto representavam 40 dias de vendas, já começam a preocupar. Depois desse limite, disse, a saúde financeira da concessionária pode ser afetada devido ao custo elevado de se manter os estoques. Em julho, acrescentou, os estoques na rede estavam em 35 dias. Segundo Reze, é considerado normal para as concessionárias um estoque de 21 a 22 dias.
San Pedro de Atacama (Chile) - Resultado de um investimento de US$ 50 milhões, a Volvo apresentou ontem, no Chile, sua nova linha de caminhões semipesados da geração VM para o mercado latino-americano. O modelo é o primeiro do segmento, em toda a América Latina, a contar com motores da geração Euro5 que têm menor volume de emissões de gases causadores do efeito estufa. Os novos modelos serão produzidos na fábrica da montadora, na Cidade Industrial de Curitiba.
"O Brasil é o maior mercado do mundo de caminhões, e a América Latina representa grande possibilidade de crescimento e novos negócios", diz o presidente da Volvo Latin America, Roger Alm.
Com a renovação da linha VM, a Volvo pretende ampliar sua participação no nicho de caminhões semipesados de até 20 toneladas de peso total bruto , segmento que hoje corresponde a 30% do faturamento anual da empresa no Brasil.
No primeiro semestre deste ano, a empresa registrou crescimento de 60% no volume de vendas dessa linha, na comparação com o mesmo período de 2010. A marca tem participação de 9% no total do mercado brasileiro, que em 2011 deve vender 55 mil unidades.
"O VM é o terceiro caminhão mais vendido no mercado brasileiro, segundo dados da Fenabrave. Queremos subir e estamos trabalhando para isso", afirma o gerente de vendas da linha VM, Reinaldo Serafim. Ele garante que a montadora já trabalha em outros projetos e diz que "novos modelos virão".
Alm, entretanto, não faz projeções da expectativa de vendas das novas unidades para 2012. Segundo ele, o mercado brasileiro deve sofrer uma "leve desaceleração" e as antecipações de compras do modelo antigo (VM Euro3) podem influenciar os resultados futuros. "De qualquer forma, as expectativas são boas. A economia do Brasil continuará aquecida exatamente nos setores que demandam caminhões deste porte", avalia.
A antecipação de compra pode ocorrer em função do custo adicional relacionado à nova tecnologia dos motores, que deverá ter um impacto de 15% no preço final do produto que não foi revelado pelos executivos da empresa. A montadora, entretanto, aposta no menor consumo de combustível para amortecer essa diferença. "O consumo de combustível representa 43% do custo de operação de um caminhão. Qualquer 1% ou 2% de diferença [no consumo] tem impacto muito grande nos negócios", avalia Serafim.
Por ora, também não há a perspectiva de novas contratações para a fabricação do modelo em Curitiba. "Hoje temos uma ótima capacidade de produção. Contratamos novos trabalhadores no início e durante o ano para aumentar essa capacidade", explica o executivo. Hoje, a fábrica da Volvo tem 4 mil funcionários e capacidade de fabricar 107 veículos por dia. Estima-se que, em plena capacidade, a unidade poderá fabricar cerca de 40 veículos da linha VM diariamente.
O repórter viajou a convite da Volvo do Brasil.
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