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Paralisação

Volvo melhora proposta, mas trabalhadores do “chão de fábrica” mantêm greve

Cerca de 2,5 mil trabalhadores do “chão de fábrica” da Volvo rejeitaram nesta terça-feira (19), em assembleia, uma nova proposta feita pela montadora sueca e decidiram manter a greve iniciada há oito dias.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a proposta, embora melhor que a primeira apresentada pela companhia, não agradou à maioria dos metalúrgicos. Os trabalhadores reclamam da negativa da empresa em conceder aumento real dos salários, e não apenas a reposição da inflação, e pedem uma antecipação do PLR de R$ 9,5 mil, e não de R$ 5 mil como propôs a empresa na segunda-feira (18). Como a empresa não se pronunciou até as 8 horas desta terça sobre a nova reivindicação, prazo estipulado pelo sindicato, os trabalhadores decidiram manter a paralisação.

Na segunda-feira (18), após assembleia e votação, os trabalhadores não-associados, em sua maioria administrativos, foram favoráveis à proposta da Volvo, por 1.015 a 348, e decidiram retornar ao trabalho. Os funcionários sindicalizados que trabalham na linha de produção, o popular “chão de fábrica”, aprovaram a a manutenção da greve, por 841 votos contra 705.

Proposta

A nova proposta da empresa, segundo o sindicato, previa: lay-off (suspensão provisória do contrato de trabalho) de sete meses, sendo cinco em regime normal (onde os trabalhadores recebem seguro-desemprego e a complementação salarial da empresa) e dois com a Volvo assumindo a integralidade do salário; Plano de Demissão Voluntária (PDV), com pagamento de salários e mais os direitos trabalhistas previstos até 15 de dezembro de 2015, mais um pacote de um a quatro salários de acordo com o tempo de empresa, mais a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2015; manutenção do PLR referencial de R$ 30 mil, levando em conta o mesmo volume de produção de 2014, mas sem os limitadores mínimos. A primeira parcela seria de R$ 5 mil, para pagamento em junho; reajuste salarial sem ganho real, com base apenas no INPC; e compensação dos dias parados por meio do banco de horas.

O sindicato aguarda agora um posicionamento da empresa. Uma nova assembleia está marcada para a quarta-feira (20), às 7 horas.

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