São Paulo A Volvo do Brasil não conseguiu repetir o desempenho de 2005 e registrou queda de faturamento no ano passado, que passou de R$ 3,5 bilhões para R$ 3 bilhões. O resultado, no entanto, foi comemorado pela direção da empresa, já que 2005 havia sido um ano excepcional pelo grande volume de exportações de ônibus para o Chile. Outro destaque da montadora, que tem fábrica em Curitiba, foi a conquista da liderança no mercado brasileiro de caminhões pesados. A empresa comercializou 5.154 veículos em 2006, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior.
"Apesar das dificuldades, foi um ano excelente para nós. Foi o terceiro ano consecutivo em que conquistamos bons resultados", afirmou o presidente da Volvo do Brasil, Tommy Svensson. Em 2004, o faturamento da empresa foi de R$ 2,6 bilhões. De acordo com ele, a Volvo foi a única no país a crescer no segmento de pesados. O mercado como um todo atingiu a marca de 19.666 veículos, queda de 2,6% em relação a 2005.
No mercado de semi-pesados, a empresa perdeu participação. De acordo com Reinaldo Serafim, gerente da linha VM (caminhões), isso ocorreu por causa do lançamento de produtos mais modernos, com custo maior em relação à concorrência.
No ano passado, a Volvo vendeu no Brasil cerca de 6,1 mil veículos acima de 15 toneladas, entre as linhas VM (pesada) e F (semi-pesada). Com esse desempenho, o país chegou perto de ser o segundo mercado da empresa sueca, mas a França ficou na frente por uma diferença de cerca de 60 veículos. Os Estados Unidos são o maior mercado, com aquisição de 36,6 mil unidades.
O mercado da América Latina, atendido pela fábrica de Curitiba, ficou estável em cerca de 8 mil unidades comercializadas. Além do Brasil se destacam Peru (588 unidades), Venezuela (490), Chile (419) e Argentina (270). Em todo o mundo, a Volvo entregou cerca de 105 mil veículos no ano passado. Em todo o mundo, a empresa faturou o equivalente a US$ 35 bilhões.
O segmento de ônibus atingiu a marca de 1,2 mil unidades comercializadas na América Latina. De acordo com o presidente da Volvo Bus Latin America, Per Gabell, o número surpreendeu. "Em 2005 tivemos um ano extraordinário graças a um negócio específico, que foi a venda de 1,7 mil unidades para o Chile. Entramos em 2006 temerosos, mas conseguimos manter um ritmo bom", declarou. A Volvo Bus tem participação de 23% nas exportações brasileiras. No Brasil, o porcentual está bem abaixo: foi de 7% em 2006, correspondendo a 242 veículos urbanos e rodoviários. Os grandes compradores foram São Paulo e Curitiba, que renovaram parte da frota de ônibus. Em linhas interestaduais, a empresa fechou negócios com a Viação Cometa, Viação Catarinense e Auto Viação 1001.
O braço da Volvo na área de financiamentos, seguro e consórcio também comemorou as marcas atingidas no ano passado. Foram atendidos dois terços das vendas totais da empresa no Brasil, com faturamento de R$ 530 milhões no ano.
