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Aquecido, mercado brasileiro de caminhões cresce a olhos vistos
O Brasil está entre os mercados de caminhões que mais crescem no mundo. Apesar dos altos e baixos, o mercado avançou, em média, 7% ao ano entre 1991 e 2013, o que significa dobrar de tamanho a cada dez anos, lembra Sergio Gomes, diretor de estratégia de caminhões da Volvo para América Latina. O Brasil é hoje o segundo maior mercado da Volvo na área de caminhões, atrás apenas dos Estados Unidos.
A fábrica de Curitiba trabalha em dois turnos e deve ampliar suas linhas com a chegada de novos produtos. Neste ano, a montadora termina o seu novo depósito de peças, de 28 mil metros quadrados de área construída. O último investimento anunciado pela empresa havia sido de US$ 500 milhões, que contemplava três anos e que deve ser concluído neste ano.
O plano de negócios da Volvo para o Brasil em 2014 prevê investimentos de US$ 320 milhões. Os recursos serão aplicados no desenvolvimento e pesquisa de novos produtos, localização, infraestrutura, expansão da produção da fábrica, localizada em Curitiba, e na rede de distribuição, que dever ser ampliada de 90 para 100 lojas no país até o fim do ano.
A empresa também confirmou que vai trazer uma segunda marca para o país, provavelmente para atuar no segmento de caminhões médios e leves. A montadora sueca já atua na faixa a partir de 16 toneladas, que contempla veículos semipesados e pesados.
O presidente do grupo para América Latina, Roger Alm, diz que os investimentos devem contemplar novos produtos, mas não confirma se parte dos recursos irá para a nova marca. Os estudos para a definição do projeto da segunda marca devem ser finalizados nos próximos meses.
A expectativa do mercado é que a Volvo lance sua segunda marca no Brasil a partir do ano que vem. Mundialmente, além da Volvo, o grupo possui as marcas Renault Trucks, UD Trucks, Eicher e Mack.
A Volvo bateu seu recorde de vendas no país em 2013, embalada pela boa safra e pelos juros subsidiados do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do governo federal. A marca emplacou 20,7 mil caminhões, 31% mais que no ano anterior. Os números superaram a média do setor, que avançou 19% no período. Nos dois mercados em que atua, a empresa ficou com 20% de participação. Em caminhões pesados a marca é vice-líder, atrás da também sueca Scania.
Vendas
A previsão para 2014 é de mais um ano positivo, com o mercado como um todo muito próximo do registrado em 2013. A empresa estima que o setor de pesados e semipesados venda cerca de 105 mil unidades. Mesmo com a alta dos juros do PSI, que foram para 6% ao ano, a expectativa é manter o crescimento constante da marca, segundo Bernardo Fedalto, diretor comercial de vendas e marketing da Volvo no Brasil. "Teremos mais um ano de boa safra agrícola. E os juros, comparados com a inflação, estão em zero, o que continua a ser um fator de estímulo às vendas" acrescenta.
As encomendas de caminhões em janeiro começaram um pouco devagar, mas, segundo Fedalto, elas não são parâmetro porque houve um represamento das vendas por conta da espera das novas regras do Finame. "Elas saíram na última semana de janeiro. Temos que esperar para ver como será o trimestre" diz.
A repórter viajou a convite da Volvo
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