1,5 mil trabalhadores do setor de caminhões vão ficar em casa.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A Volvo do Brasil, com sede em Curitiba, vai parar a produção por cerca de duas semanas a partir da quarta-feira da próxima semana. Cerca de 1,5 mil trabalhadores do setor de caminhões terão folgas descontadas do banco de horas entre os dias 22 de abril e 4 de maio, aproveitando os dois feriados do período, do dia 21 de abril e 1º de maio. No último dia 6, um grupo de 1,7 mil funcionários retornou de férias coletivas de 20 dias.

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A exemplo do que fez durante todo o primeiro trimestre, a indústria automobilística, que tem estoques para 46 dias de vendas, segue adotando medidas de corte de produção.  A Volvo não será a única a paralisar temporariamente a produção. A Volkswagen vai parar todas as atividades da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) entre os dias 4 e 14 de maio, na sequência do feriado do dia do Trabalho. A empresa produz os modelos Gol, Voyage e recentemente iniciou a montagem do Jetta.

Aproximadamente 13 mil trabalhadores das áreas de produção e administrativa entrarão em férias coletivas, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A empresa não comentou o assunto.

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Na Mercedes-Benz – fabricante de caminhões e ônibus também em São Bernardo –, os quase 10,5 mil funcionários tiraram dois dias de folga nesta semana, conforme informação do sindicato confirmada pela empresa.

Esse tipo de parada geral vem ocorrendo desde o ano passado na unidade, que também tem cerca de 750 trabalhadores em lay-off com volta prevista para o fim do mês. A montadora prorrogou para o dia 27 o fim de um programa de demissão voluntária (PDV) que deveria ter sido encerrado no início do mês. Na próxima segunda e terça-feira, os trabalhadores ficarão em casa em razão do feriado de Tiradentes.

A produção total de veículos teve queda de 16,2% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2014, para 663 mil veículos. Só para caminhões a queda foi de 49,3% (21,7 mil unidades). Entre os motivos apontados pelos fabricantes estão a crise econômica, a falta de confiança dos consumidores e o crédito mais caro.

Neste ano, as montadoras já demitiram 3,6 mil trabalhadores. Em 12 meses, foram fechadas 14.660 vagas.