As fábricas da Volkswagen e da Ford em São Bernardo do Campo (SP) vão paralisar a produção durante toda a próxima semana, em mais uma medida para se adequar à queda na demanda. Quase 8 mil funcionários da VW e 3 mil da Ford ficarão em casa. As empresas aproveitarão o feriado de aniversário da cidade, no dia 20, para dispensar os operários pelo sistema de banco de horas (para compensação futura).
No caso da VW, a produção dos modelos Gol e Saveiro será suspensa na semana inteira, enquanto a do Jetta ficará parada entre quarta-feira e sexta-feira. Na Ford, a linha do Fiesta também ficará parada durante toda a próxima semana. A linha de caminhões estenderá a paralisação até terça-feira, dia 25.
Autopeças são as maiores vítimas da crise na indústria automotiva
Desde 2014, fábricas de peças demitiram quase 4 mil pessoas no Paraná, metade dos cortes de todo o setor
Leia a matéria completaSegundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na fabricante de caminhões Scania a dispensa para 2 mil trabalhadores ocorrerá na quinta-feira e na sexta-feira. Já na Mercedes-Benz, os 7 mil funcionários do setor produtivo estão em licença remunerada desde o dia 7.
Protesto
Funcionários da General Motors de São José dos Campos (SP) marcaram para esta sexta-feira, 14, manifestação contra as demissões na fábrica. As dispensas foram comunicadas por telegrama desde o sábado. 7. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, 600 foram demitidos, mais de 10% do quadro de 5,2 mil funcionários. A GM não divulga números. A unidade produz S10 e Trailblazer.
A pedido da GM, na segunda-feira, 17, haverá audiência de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), de Campinas, contra a greve iniciada na segunda-feira. Neste ano, até julho, a indústria automotiva demitiu 8,8 mil trabalhadores. A produção de veículos caiu 18,1% ante 2014.
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