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Wall Street cai após S&P rebaixar Grécia e Portugal

As bolsas de valores norte-americanas tombaram nesta terça-feira (27), depois que o rebaixamento dos ratings de Grécia e Portugal alimentou temores sobre a estabilidade econômica da zona do euro.

O mercado também acompanhou as discussões sobre o Goldman Sachs no Congresso do país, que reforçaram a possibilidade de uma reforma financeira.

As ações marcaram o pior dia em quase três meses, e o índice de volatilidade Vix, termômetro do temor dos investidores de Wall Street, saltou quase 31 por cento, maior alta diária desde outubro de 2008.

O índice Dow Jones cedeu 1,90 por cento, a 10.991 pontos. O Standard & Poor's 500 caiu 2,34 por cento, a 1.183 pontos. O Nasdaq Composite declinou 2,04 por cento, a 2.471 pontos.

O movimento ocorreu depois que senadores pressionaram executivos do Goldman Sachs sobre acusações de que teriam se aproveitado da bolha no mercado imobiliário para ganhar bilhões de dólares com o colapso do mercado. As audiências coincidiram com os esforços de parlamentares para aprovar uma regulação para bancos mais rígida.

"Os mercados realmente estão caindo pela combinação de ampla crise de dívida e pressão na audiência no Senado", disse Alan Lancz, presidente da Alan B. Lancz & Associates, em Toledo, Ohio. "Exatamente como em 2008, quando você teve a queda de uma grande companhia após outra, você está vendo essa propagação da Grécia a Portugal."

As ações do Goldman subiram 0,7 por cento, mas o índice financeiro do S&P caiu 3,4 por cento.

A queda dos papéis foi generalizada, com setores sensíveis à economia, como os de matérias-primas, energia, financeiro e de consumo, recuando cerca de 3 por cento. Os papéis da Chevron, em queda de 2,9 por cento, tiveram um dos piores desempenhos no Dow Jones.

O S&P 500 quebrou um nível técnico e profissionais apontam o patamar de 1.180 pontos como novo suporte no curto prazo. No médio prazo, deve ficar ao redor de 1.150 pontos.

Refletindo temores de Wall Street sobre os problemas com a dívida soberana de alguns países europeus, o índice de volatilidade saltou 30,57 por cento no fechamento.

A 3M, em alta de 0,6 por cento, respondeu por um dos dois únicos desempenhos positivos no Dow Jones, após reportar balanço melhor que o esperado e elevar sua previsão para o ano.

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