Wall Street fecha indefinida, à espera de solução para crise grega

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A bolsa de Nova York fechou nesta sexta-feira (17) sem tendência definida, à espera de uma solução para a crise da dívida na Grécia, na próxima segunda-feira, e com um mercado otimista sobre o estado da economia americana: o Dow Jones teve alta de 0,35% e o Nasdaq sofreu queda de 0,27%.

Segundo números definitivos do fechamento, o Dow Jones Industrial Average subiu 45,79 pontos, a 12.949,87, seu nível mais alto desde 19 de maio de 2008. O Nasdaq, predominantemente tecnológico, recuou 8,07 pontos a 2.951,78.

O índice ampliado Standard & Poor's 500, mais representativo da tendência geral, subiu 0,23% (3,19 pontos) a 1.361,23 pontos, seu nível mais alto desde 29 de abril de 2011.

O principal índice de Wall Street operou em alta desde a abertura, ao contrário do Nasdaq , que ficou no vermelho durante toda a sessão.

"O fato de haver chances de a Grécia poder concluir um acordo para evitar uma suspensão de pagamentos desordenada ajudou o mercado", comentou Peter Cardillo, do Rockwell Global Capital.

O nível atual do Dow Jones, que se aproxima do limite simbólico de 13.000 pontos, foi percebido como um sinal promissor pelos investidores.

"Psicologicamente, se o Dow Jones conseguir superar o limite dos 13.000 pontos no começo da próxima semana, isto certamente impulsionaria significativamente o mercado", disse o corretor.

Ao final de uma semana marcada pela incerteza, os investidores recuperaram relativamente a confiança no desbloqueio de um novo plano de resgate para a Grécia, o que permitiria ao país escapar da suspensão de pagamentos.

Os detalhes deste plano serão dados na segunda-feira, durante reunião de ministros das Finanças da zona do euro. Itália e Alemanha, principais credores da Grécia, expressaram nesta sexta-feira seu otimismo sobre as chances de se chegar a um acordo na segunda-feira.

Os investidores se mostraram reconfortados com o envolvimento do Banco Central Europeu, que está negociando a dívida grega.

Quanto aos indicadores, os preços do consumo nos Estados Unidos registraram em janeiro sua alta mais pronunciada em quatro meses, embora menor do que os analistas previam.

O índice composto de indicadores econômicos americanos cresceu pelo quarto mês consecutivo em janeiro, mas a um ritmo sutilmente menor do que em dezembro, informou nesta sexta-feira o Conference Board, instituto privado de conjuntura.

O mercado de obrigações fechou em alta. Os rendimentos do bônus do Tesouro com dez anos de prazo avançaram para 2,010% frente a 1,993% na quinta-feira, enquanto o papel com 30 anos de prazo subiu para 3,161 contra 3,149% do dia anterior. O rendimento das obrigações evolui em sentido contrário aos seus preços.