Depois de fechar 20 lojas no Paraná entre o fim de 2015 e o início deste ano, o grupo Walmart – dono das bandeiras BIG e Mercadorama – vai investir cerca de R$ 100 milhões nos próximos três anos para reformar todos os hipermercados que possui no estado. A companhia também vai aposentar a marca BIG e passará a chamar as unidades existentes de Walmart. As estratégias buscam simplificar as operações do grupo, conhecido por ter operações inchadas e, em alguns casos, ineficientes.
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Serão 13 hipermercados no Paraná que passarão por reformas nos próximos três anos, sendo nove BIG e quatro Walmart. Os BIGs passarão a se chamar Walmart assim que as obras forem concluídas. Durante as reformas, as lojas vão continuar funcionando normalmente.
O BIG Santa Felicidade, em Curitiba, foi a primeira unidade do estado a passar pela remodelagem. A nova loja será reinaugurada nas próximas semanas, com o logo do Walmart, e passará a ter corredores mais amplos, melhorias na iluminação, gondolas mais baixas, maior variedade de produtos e aumento do número de acessos ao mercado.
A intenção das reformas é melhorar a experiência de compra do cliente e garantir maior rentabilidade ao grupo. “O objetivo é operar por menos e entregar o melhor ao cliente. Queremos ser simples, escaláveis, sustentáveis e rentáveis”, afirma Flavio Contini, presidente nacional do grupo Walmart. Ele também explica que o hipermercado é a maior vocação da rede em todo o mundo, por isso a opção por focar a reestruturação no segmento.
Reestruturação nacional
As mudanças no Paraná fazem parte de um anúncio nacional do grupo de reestruturação das suas operações. Serão investidos R$ 1 bilhão ao longo dos próximos três anos para reformar todos os hipermercados do grupo no país e unificar as bandeiras BIG e Hiper Bompreço em Walmart.
O processo começou há três anos, durante a gestão de Guilherme Loureiro, com a integração dos sistemas operacionais das nove bandeiras do grupo. Ao longo dos 21 anos de presença no mercado brasileiro, a companhia norte-americana fez a aquisição de empresas locais, como a Sonae e o Bompreço, mas não havia concluído a integração dos sistemas. O procedimento foi encerrado em julho deste ano, o que permitiu à rede dar início ao plano de remodelagem das lojas.
Após as reformas, a rede espera ganhar rentabilidade e passar a crescer de forma sustentável com operações mais simples. “Nossa maior preocupação é equacionar as operações”, diz Contini. Apesar de ser a terceira maior rede do segmento em operação no país, o Walmart vem perdendo participação de mercado e ficando mais distante dos líderes Grupo Pão de Açúcar e Carrefour.