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Washington Post vai cobrar por conteúdo on-line

O jornal The Washington Post anunciou que vai começar a cobrar pela leitura do seu conteúdo on-line. O diário adotará o sistema conhecido como "paywall" (muro de cobrança) poroso, e vai permitir a leitura de até 20 textos. O sistema será adotado a partir do próximo verão, que no hemisfério norte começa em junho. O "Post" segue um caminho iniciado pelo "New York Times" e já utilizado por mais 450 jornais nos EUA.

A companhia ainda não decidiu quanto vai cobrar pelo serviço. Assinantes do jornal impresso terão acesso irrestrito. A leitura também será liberada para estudantes, professores, administradores de escolas, funcionários públicos e militares nas escolas e no local de trabalho.

Em texto no seu site, o jornal diz que a medida marca uma mudança maior na política do "Post". "Consumidores de notícias são experientes. Eles entendem o alto custo de publicar notícias de qualidade e a importância de manter o tipo de reportagem profunda pela qual o "Post" é conhecido", afirmou a publisher do jornal, Katharine Weymouth."Nosso pacote digital é valioso, então vamos pedir para nossos leitores pagar por ele e apoiar nosso serviço de notícias como eles têm feito há muitos anos com a edição impressa", disse Weymouth.

"Não faz mais sentido separar nossos modelos de assinatura impresso e on-line", disse o presidente da "The Washington Post Company", Donald E. Graham. "Nós temos observados nossos concorrentes, e achamos que o modelo do paywall poroso é o melhor caminho".O lucro gerado pelas publicações virtuais cresceu 5% em 2012, para US$ 110,6 milhões, segundo a empresa.

Paywall

O "Washington Post" segue uma tendência entre os principais jornais do mundo. Nos EUA, metade dos jornais já limitam o acesso de não assinantes ao seu conteúdo digital, entre eles o "New York Times".

A Gazeta do Povo adotou o mecanismo na metade de dezembro do ano passado. Somente o assinante tem acesso ilimitado ao conteúdo premium do site do jornal e outras plataformas digitais, como tablets e smartphones. Usuários avulsos, que usam o site com frequência, serão convidados a fazer uma assinatura digital parcial, depois de degustar um limite de 40 reportagens a cada 30 dias.

A Folha adotou em 2012 o sistema de "paywall" (muro de pagamento) poroso. Quem visita o site do jornal tem acesso a até 10 reportagens ou colunas por mês, quando é convidado a fazer um cadastro que lhe permite ler outros 10 textos. A assinatura para ter acesso a todo o conteúdo custa R$ 1,90 no primeiro mês e R$ 29,90 os demais. Assinantes da versão impressa da Folha têm acesso livre a todas as plataformas digitais.

Mecanismo semelhante foi instituído pelo jornal "Zero Hora" (RS) nos últimos meses. Em dezembro, o jornal "O Estado de S. Paulo" passou a exigir um cadastro após o quinto clique no mês. No mês passado, o jornal "O Globo" também instituiu tal mecanismo após 30 textos, e em fevereiro o "Correio Braziliense" (DF) passou a cobrar um valor fixo mensal para o leitor ter acesso à versão digital do periódico.

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