Comunicações diplomáticas sigilosas dos Estados Unidos relatando acusações de corrupção contra governos estrangeiros devem aparecer em documentos oficiais que o grupo WikiLeaks pretende divulgar em breve. O site "dedo-duro" avisou pelo Twitter que seu próximo lote de documentos terá sete vezes o tamanho do pacote divulgado em outubro, que continha cerca de 400 mil documentos do Pentágono relativos à guerra do Iraque.
Fontes familiarizadas com documentos do Departamento de Estado em poder do WikiLeaks dizem que as suspeitas de corrupção ali mencionadas são suficientemente grandes para causar constrangimentos sérios a governos e políticos citados. Essas fontes disseram que a divulgação deve acontecer esta semana. Os detalhados e sinceros relatos dos diplomatas ao Departamento de Estado também podem criar complicações para a política externa do governo de Barack Obama, segundo essas fontes.
Entre os países cujos políticos aparecem no relatório estão Rússia, Afeganistão e repúblicas centro-asiáticas da ex-União Soviética. Mas outros relatórios também detalham acusações potencialmente embaraçosas para o Extremo Oriente e a Europa, segundo as fontes. O governo dos EUA faz críticas contumazes à atuação do WikiLeaks, alegando que elas colocam em risco a segurança nacional e de indivíduos.
Os últimos lotes vazados pelo WikiLeak permitiram ter uma noção do dia a dia das guerras do Iraque e Afeganistão, mas não continham revelações bombásticas. O porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, disse que Washington está avaliando as implicações do material que pode ser revelado pelo WikiLeaks, e avisando governos estrangeiros que "uma divulgação de documentos é possível num futuro próximo."
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