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Papo de mercado

Wilson Delara conta trajetória até o conselho da ALL

Quando o empresário Wilson Delara deixou o cargo de diretor-presidente que ocupou por sete anos na Transportes Cimensul, em 1989, e levou quatro caminhões da sua participação acionária, poucas empresas faziam um gerenciamento de logística completo como hoje em dia. A transportadora rodoviária Delara Brasil, fundada por ele naquele ano, inovou no setor com serviços diferenciados, como controle de estoque, entrega rápida, gerenciamento de notas fiscais, distribuição urbana e armazenamento de carga. Em dez anos, a frota chegou a 2 mil caminhões e o faturamento, a US$ 150 milhões. Integrada à América Latina Logística (ALL) há seis anos, a Delara continua crescendo. É esta trajetória de sucesso que Wilson Delara, agora presidente do conselho de administração da ALL, vai apresentar a convidados do caderno de Economia da Gazeta do Povo na última palestra do ciclo Papo de Mercado deste ano, na terça-feira.

Formado em economia pela PUC-PR e mestre em administração de empresas, Delara começou a trabalhar como office-boy em uma empresa de transporte marítimo. Entre 1974 e 1980, foi gerente de vendas da Randon, maior fabricante de implementos rodoviários do país. Após sair da Transportes Cimensul, ele investiu em um formato novo de negócio no ramo. "Fizemos um plano de serviço diferente. O comum era só transporte, sem agregar outros serviços", explica. Foi o que permitiu à empresa crescer exponencialmente em uma década.

Em 2000, de olho no potencial da malha ferroviária do Sul do país, Delara ofereceu uma proposta de fusão para a Ferrovia Sul Atlântico, empresa que começou a operar em março de 1997 ao vencer o processo de privatização das ferrovias de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No ano seguinte, estava criada a ALL, que encerrou o terceiro trimestre deste ano com um lucro líquido consolidado de R$ 161,6 milhões. A empresa é hoje a maior do setor de logística com base ferroviária da América Latina. São mil locomotivas e 29,7 mil vagões, além de cerca de 1,2 mil veículos entre próprios e agregados. De lá para cá, a operação se expandiu para São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Brasil, e para as cidades de Paso de los Libres, Buenos Aires e Mendoza, na Argentina.

A ALL atende grandes companhias como Cargill, Bunge, Ambev, Unilever, Votorantim, Scania, Petrobras e Gerdau. Em junho de 2004, o lançamento de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) permitiu a captação de recursos para financiar o projeto de expansão. O crescimento foi consumado em maio de 2006, quando a ALL comprou as operações da Brasil Ferrovias, se tornou a maior companhia ferroviária do país e passou a ter acesso ao Porto de Santos.

"Vimos que o setor ferroviário era atraente, porque atravessava a região mais rica do país. Procuramos a Sul Atlântico e oferecemos o uso do transporte rodoviário e os projetos logísticos que vínhamos fazendo", explica Delara. Como a Ferrovia Sul Atlântico ainda estava "arrumando a casa", reestruturando a empresa herdada do governo federal, a proposta foi aceita por ser uma maneira de acelerar o processo. "Era uma forma de economizar tempo." Detalhes desta iniciativa empreendedora serão mostrados na palestra, que deve atrair 250 pessoas ao Castelo do Batel, das 8h às 10h.

Além de Wilson Delara, o Papo de Mercado trouxe a Curitiba, neste ano, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, o diretor-presidente e sócio-fundador do grupo Positivo, Oriovisto Guimarães, e o diretor de novos negócios da Carvajal, Maurício Pacheco. A Amil Assistência Médica é a patrocinadora do evento.

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