A pesquisa da Alcatel, capitaneada pela francesa Valérie Faudon, é interessante na medida em que mapeia o uso de banda larga no Brasil e mostra a necessidade da implantação de tecnologias como o WiMax, a estrela principal do Broadband World Forum.
Considerado o "Wi-Fi turbinado" principalmente para cobertura em ambientes ao ar livre, o WiMax já está sendo implementado com sucesso em países como a Bélgica, onde toda uma cidade ganhou conexão via rádio com alcance de até 50 quilômetros e velocidades de até 40 ou 50 Mbps em movimento, como permite a revisão 802.11do WiMax, a preferida da indústria. "Há países em que a penetração de banda larga é de 50%; em outros, no entanto, ela não passa de 1%, segundo dados da União Internacional de Telecomunicações", diz Valérie.
No BWF foram apresentados trials e aplicações reais de WiMax em movimento e, em todas as apresentações, operadoras e empresas de infra-estrutura já se referiam à tecnologia no presente e não mais do futuro do presente. Foi o caso tanto da Alcatel-Lucent quanto de Siemens e Ericsson, dentre outras. O "quando chegar" foi substituído pelo "chegou".
No Brasil, já existem aplicações reais de WiMax (ainda em revisão "D", que não prevê mobilidade) em Porto Alegre, em cidades do interior de São Paulo e em Brasília, e o governo aposta na tecnologia como forma de inclusão digital.
Além do WiMax, outra tendência no mercado de banda larga ainda para países de primeiro mundo é a substituição dos atuais cabos de cobre pela fibra óptica, seja de cabo a rabo (o chamado "Fiber to the Home", FTTH) ou apenas complementando as redes tradicionais. A fibra óptica, diz Antonio Augusto Firmato Glória, diretor da área de vendas da Alcatel Brasil, garante maiores velocidades de 25 a 30 megabits e propicia o fornecimento de serviços como IPTV, outra estrela do BWF.
A TV pela internet deixa de ser só streaming caso do YouTube e passa a ser customizada pelas operadoras para que se adeque às necessidades do cliente ou, em casos mais sofisticados como no projeto da Microsoft com a Alcatel, batizado de "My Own TV" o usuário cria sua programação e a compartilha com quem quiser.
"O usuário gera, assim, uma emissora de TV particular, é um YouTube com público definido e aquela emissora aparece na TV dele como mais um canal", diz Augusto.
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