Nova estrela
Para cada cinco computadores, um tablet foi vendido no Brasil
Ao contrário dos computadores, o mercado de tablets vem se superando a cada trimestre no Brasil. No ano passado, o produto apresentou a maior taxa de crescimento entre eletrônicos no país, segundo a consultoria IDC. No total, foram 3,1 milhões de unidades vendidas, uma alta de 171% em relação a 2011, quando foram comercializados 1,1 milhão de aparelhos.
Apesar do forte crescimento, o mercado de tablets continua bem menor que o de PCs, ainda que a distância entre os dois esteja diminuindo. No ano passado, para cada tablet vendido, foram cinco computadores comercializados. A proporção era de um para doze em 2011.
O perfil médio do aparelho comprado pelo brasileiro mostra que o consumidor ainda está testando esse mercado, optando por marcas mais baratas. Quase 50% das compras foram de tablets de menos de R$ 500 e 77% rodavam o sistema operacional Android.
De acordo com Pedro Hagge, analista de mercado da IDC Brasil, tablets e computadores tê funções distintas e não são substitutos pelo menos não ainda, enquanto os tablets continuarem a funcionar apenas como uma maneira de consumir conteúdo. Apesar de algumas tentativas, como o Surface, da Microsoft, e do próprio iPad, da Apple, ainda não há um tablet no mercado que sirva igualmente bem para produção e consumo de conteúdo. Com isso, afirma Hagge, os tablets estão apenas "atrasando" a renovação dos computadores.
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A venda de computadores desktops e laptops em todo o mundo vinha mal há algum tempo, mas nunca foi tão ruim quanto no primeiro trimestre deste ano. Dados divulgados pela IDC mostram que a queda nas vendas chegou a 14%, a pior nos últimos 19 anos, desde que a consultoria começou a registrar esses dados, em 1994. No Brasil, a situação para as fabricantes é um pouco menos dramática, mas longe de ser positiva. As vendas caíram 2% no ano passado em relação a 2011 e a IDC prevê queda de 7% neste ano.
INFOGRÁFICO: Confira o índice de vendas de computadores no ano passado
A grande questão sobre esses números é se o mercado como um todo está se movendo para um ciclo de renovação mais lento, provocado pela adoção dos tablets e smartphones, ou se o resultado é um indício do fracasso do Windows 8, o novo sistema operacional da Microsoft, lançado no ano passado.
A maior mudança na nova versão do Windows foi a introdução de uma navegação voltada para telas touch-screen o sistema operacional passou a ser híbrido, funcionando tanto para PCs como para tablets. Mas parece que o consumidor ainda não comprou a ideia. A própria análise da IDC foi bastante crítica ao Windows 8. "Neste momento, infelizmente, parece claro que o lançamento do Windows 8 não somente fracassou em provocar um aumento das vendas de PC, mas parece que de fato desacelerou o mercado", afirmou Bob O´Donnel, vice-presidente de programas da IDC. "O resultado é que muitos consumidores estão preocupados em migrar para o Windows 8, sem falar dos usuários corporativos que ainda estão chegando ao Windows 7", afirmou.
Há quem não coloque toda a culpa nas costas da Microsoft, afirmando que o fenômeno tem mais a ver com o gasto maior do consumidor com smartphones e tablets. "Os consumidores estão migrando do PC para outros dispositivos conectados, como tablets e smartphones", disse Mikako Kitagawa, da consultoria Gartner, à agência de notícias Reuters. "O Windows 8 está na direção certa. Vai levar um tempo para a adoção do Windows 8", afirmou.
Questionada, a Microsoft no Brasil enviou nota com números sobre a adoção do novo Windows. "Em janeiro, o Windows 8 registrou a venda de mais de 60 milhões de licenças desde o lançamento em outubro de 2012, o que representa uma trajetória similar a que tivemos com as vendas do Windows 7", afirmou a empresa.
A teoria sobre um ciclo mais lento de renovação dos PCs e laptops ocorre porque o consumidor estaria gastando mais na compra dos tablets e smartphones, levando mais tempo para comprar um novo computador.
FabricantesPositivo Informática fechou ano com queda de 4%
Maior fabricante de computadores do Brasil, a Positivo Informática vem compensando a queda nas vendas de desktops com um aumento no comércio de notebooks. Apesar disso, a empresa fechou 2012 com queda de 4,1% nas vendas de computadores, que agrega as categorias de desktops e notebooks. Os dados são da consultoria de telecomunicações Teleco.
As maiores fabricantes do mundo passam por processo similar. A HP, a maior fabricante do mundo, e também Dell, Acer e Asus, que figuram entre as cinco maiores, tiveram forte queda nas vendas no primeiro semestre deste ano, de acordo com o estudo da consultoria IDC (veja no gráfico). A única empresa a não fechar o trimestre no negativo foi a Lenovo, a segunda maior fabricante do mundo, que manteve o mesmo patamar de vendas do primeiro trimestre de 2012 cerca de 11,7 milhões de máquinas.
A grande surpresa para o desempenho da Lenovo foi uma melhora no resultado nos Estados Unidos, que compensou a queda das vendas na Ásia. A Positivo Informática foi procurada pela reportagem, mas afirmou não ter porta-voz disponível para entrevista.
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