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Witzenmann sai à caça de encomendas

Koch e as peças que vão equipar termelétricas na Paraíba: aposta no longo prazo. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Koch e as peças que vão equipar termelétricas na Paraíba: aposta no longo prazo. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

Acostumada a produzir componentes automotivos, a Witzenmann do Brasil se lançou em uma nova empreitada no ano passado. Com um investimento de pouco mais de 1,5 milhão de euros (R$ 5,2 milhões), a companhia de origem alemã ampliou sua fábrica, em Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), e comprou equipamentos com alto nível de automatização para ampliar o portfólio de produtos e a carteira de clientes.

A ideia é aplicar em outras áreas o conhecimento da companhia na produção de elementos metálicos flexíveis. A matriz faz esse tipo de componente desde 1885 e a filial brasileira, desde 2002, quando iniciou suas operações por aqui. Está nos planos fornecer peças para fabricantes de máquinas e equipamentos, construtoras, a indústria de petróleo e gás e outras.

A questão é que a economia brasileira entrou em rota descendente pouco depois da conclusão da obra, em novembro de 2014. Os desdobramentos da operação Lava Jato congelaram projetos da Petrobras e das principais empreiteiras do país. Desconfiados, empresários de todos os setores engavetaram investimentos.

Não por acaso, os executivos da Witzenmann têm dedicado a maior parte de seu tempo a prospectar clientes – a companhia preparou uma lista de 79 potenciais consumidores, de 18 segmentos da economia, de fabricantes de máquinas-ferramenta a refinarias petroquímicas. Aos poucos, o esforço dá resultados. Na semana passada, a empresa se preparava para embarcar quatro peças de 70 centímetros de diâmetro rumo a duas usinas termelétricas na Paraíba.

O presidente do conselho de administração mundial da Witzenmann, Hans-Eberhard Koch, que visitou a unidade de Pinhais na semana passada, reconhece que o momento da economia brasileira – e, principalmente, da indústria – é delicado. Mas diz que a empresa não se pauta pelo momento.

“Acreditamos que em dois ou três anos a economia brasileira estará em uma situação melhor. Nós a vemos entre as mais importantes do mundo pelos próximos 20, 30, 40 anos, e queremos estar aqui”, disse Koch em entrevista à Gazeta do Povo. “Somos uma companhia fundada em 1854, e que desde 1885 produz elementos flexíveis. Não estamos interessados em negócios de curto prazo. Nosso horizonte é mais amplo.”

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