O presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, precisa decidir se ainda tem credibilidade para liderar a instituição, depois do controverso episódio da promoção da sua namorada, disse neste sábado uma ministra alemã.
"Para mim a coisa mais importante é a autoridade moral e a estabilidade financeira do Banco Mundial não serem afetadas", afirmou a ministra alemã do Desenvolvimento, Heidemarie Wieczorek-Zeul, à Reuters.
"Ele mesmo tem que decidir se ainda tem credibilidade para representar o Banco Mundial", declarou.
Os comentários se dão no momento em que Wolfowitz enfrenta pressão crescente pela sua demissão, devido ao seu papel na promoção da sua namorada e funcionária do banco, Shaha Riza. O conselho administrativo do banco afirmou na sexta-feira que logo decidiria como proceder no caso.
O tema ofuscou as discussões previstas para as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial neste fim de semana.
O Banco Mundial é "uma instituição cuja administração e cuja ética devem ser impecáveis", declarou na sexta o ministro das Finanças da França, Thierry Breton. "Confio plenamente que o conselho administrativo vai traçar as consequências que deve traçar, e não tenho mais comentários."
A Casa Branca ficou ao lado de Wolfowitz e previu, também na sexta-feira, que ele sobreviverá ao escândalo.