A Microsoft anunciou oficialmente que, a partir de 1º de dezembro, os fãs brasileiros de videogames poderão comprar o console de última geração Xbox 360 em lojas do Brasil. Às vésperas dos lançamentos internacionais dos rivais Wii , da Nintendo, e PlayStation 3 , da Sony, a Microsoft superou os receios das perdas com a pirataria dos videogames e oficializou o compromisso de lançar no país o Xbox 360, estratégia sinalizado pelo fundador da empresa Bill Gates em maio deste ano, em Los Angeles.

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Na prática, os brasileiros - que até então só poderiam adquirir o terminal no exterior ou através de importadores - terão a chance de comprar o console, acessórios e games em um kit que custará R$ 2.999, e que inclui: o console de videogame com 20GB de disco rígido; controles sem fio, controle remoto, uma frente removível (faceplate) e três jogos ("Perfect Dark:Zero", "Kameo" e "Project Gothan Racing 3"). Nos Estados Unidos, o console sozinho custa entre US$ 300 (core) e US$ 400 (premium).

O Xbox 360, que chega ao país pouco mais de um ano após seu lançamento nos EUA, chega às lojas brasileiras com 16 títulos de jogos, incluindo o esperado "Gears of Wars" (lançamento internacional simultâneo) e o game infantil Viva Piñata, sucesso no México e que terá versão em português. Os lançamentos chegarão às lojas ao custo inicial de R$ 159 e os games de catálogo a R$ 99 – preços compatíveis com títulos originais para PlayStation, comentaram especialistas presentes ao lançamento.

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Além da assistência técnica e do suporte em português – serviços a serem executados pela própria Microsoft -, a empresa dará garantia de fábrica de um ano aos usuários. Milton Beck, diretor da divisão justificou o pacote especial de vendas – que exclui a venda avulsa do Xbox 360 – afirmando que pesquisas de mercado realizadas pela empresa no Brasil constataram que a maior reclamação dos brasileiros que adquirem terminais de videogames é a dificuldade para encontrar jogos.

Sem entrar em detalhes sobre o que levou a empresa a estabelecer este preço pelo Xbox 360, Beck atribuiu parte do alto custo do aparelho às regras de mercado estabelecidas para empresas multinacionais e fabricantes de hardwares no Brasil.

- O preço é o menor possível para que ele (console) chegue no país de forma legal e de acordo com as legislações vigentes. Mas vamos trabalhar nos próximos sete anos para otimizar e repassar cada otimização de preço ao consumidor – disse Beck.

Questionado sobre estratégias contra a pirataria de jogos e de consoles – comum entre gamers da região – o diretor da divisão de jogos e entretenimento para a América Latina, Daniel Cervantes, afirmou que a Microsoft se baseou em parte da experiência adquirida em mercados como Chile e México para desestimular a pirataria

- Uma das maneiras de reduzir a pirataria é oferecer games a um preço justo e assegurar distribuição, suporte e acesso aos amantes dos games.

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Beck complementou ainda o executivo, afirmando que, assim como a indústria fonográfica, a indústria de desenvolvimento de jogos gasta montantes de investimentos – estimados em US$ 50 milhões para cada título a ser lançado – e que "não há comparação justa com o segmento da pirataria".

- O nosso papel é garantir que o cliente, quando adquire o produto, tenha a melhor experiência e justifique cada centavo gasto ali. Mas não posso comparar, como constatamos em pesquisas, uma cópia falsa de R$ 15 com um original e esperar que ele também custa R$ 15 – finalizou Beck.

O Xbox e os games externos ao pacote de vendas estarão disponíveis em grandes varejistas e em lojas virtuais, entre elas Submarino, Fnac, Americanas.com, Shoptime e Blockbuster.