Depois de conquistar a cidade de São Paulo e se tornar uma verdadeira febre, a Yellow, startup que oferece o compartilhamento de bicicletas e patinetes, anunciou que vai expandir suas operações para cinco países da América Latina, além do Brasil. São eles Argentina, Colômbia, Chile, México e Uruguai.
As bicicletas devem chegar aos países vizinhos já nas próximas semanas, considerando que a estimativa da startup é de que ela já esteja presente nos países até janeiro de 2019. Outros países da região, ainda em sigilo, também estão nos planos de expansão da Yellow.
A estratégia de expansão da startup foi definida em setembro, quando ela levantou US$ 63 milhões em rodada de investimento. Ela já havia levantado US$ 75 milhões em uma rodada anterior, em janeiro.
Além de São Paulo, ela chegou nesta semana a São José dos Campos, com as bicicletas, e com os patinetes no Rio de Janeiro. Ela também expandiu as operações na própria capital paulista e agora tem bicicletas disponíveis na região da Avenida Paulista, local que antes não estava em sua área de cobertura.
Outras cidades brasileiras devem receber os serviços da Yellow – Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Recife são algumas delas.
Em entrevista à Forbes, o diretor de comunicação e marketing da Yellow, Luiz Felipe Marques, disse que a operação em São Paulo mostrou que “existe um imenso potencial para a ‘micro mobilidade’ no Brasil e na América Latina”. O conceito de ‘micro mobilidade’ é entendido pela empresa como a maneira que o serviço pode melhor atender cada localidade em que opera.
Também ao site norte-americano, Luiz acrescentou que outro plano da startup é de oferecer o compartilhamento de bicicletas elétricas já em 2019. Testes já estão sendo realizados nas cidades e regiões que melhor podem receber este serviço, segundo a empresa.
Competição no setor é forte
A chegada da Yellow sinalizou para um forte crescimento no mercado de compartilhamento de bicicletas e patinetes, cada vez com mais players no Brasil.
Uma delas é a Grin, startup mexicana de patinetes elétricos que opera em São Paulo através de uma parceria com a startup de entregas Rappi; ela recentemente adquiriu a brasileira Ride, que já oferecida o serviço na capital.
Outro nome de peso deve chegar na América Latina no ano que vem: a Uber, com o serviço de bicicletas elétricas. A empresa recentemente adquiriu a Jump e oferecerá as bikes através do próprio app da Uber, também em modelo dockless (sem estações físicas). São Paulo deve ser uma das primeiras cidades a receber o serviço.
Vale lembrar que a Yellow ainda é uma “novidade”: ela começou a operar em agosto edeste ano. Somente no primeiro mês, as duas mil bicicletas disponíveis na capital paulista realizaram 150 mil viagens, mais do triplo estimado pelos sócios.
Ela não revela o número exato de bicicletas e patinetes espalhados pelo país atualmente, mas diz que está “dentro de suas expectativas de expansão” – de 20 mil para novembro.