A multinacional espanhola Zara e seus provedores diretos se somaram nesta quinta-feira (10) ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, promovido por entidades governamentais e da sociedade civil.
A Zara assinalou em comunicado que o objetivo do pacto é "implementar ferramentas para que o setor empresarial e a sociedade brasileira avancem na promoção de condições sociais e de trabalho dignas, garantindo o cumprimento tanto da legislação brasileira como das normas internacionais".
O pacto conta com o apoio de 220 empresas que representam um faturamento de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Com a adesão, a Zara assume dez compromissos em sua gestão, entre eles uma fiscalização anual por parte do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da ONG Repórter Brasil e do Instituto Observatório Social.
Felix Poza, diretor de Responsabilidade Social Corporativa do Grupo Inditex - da qual a Zara faz parte -, indicou no comunicado que a decisão da empresa reforça a política de combate a qualquer forma de precariedade nas relações trabalhistas, além de reafirmar o empenho constante na promoção de condições adequadas de trabalho.
O Ministério Público do Trabalho abriu em agosto 52 atas de infração contra a Zara ao encontrar evidências de que a empresa AHA, um de suas provedores no Brasil, comprava roupas elaboradas em duas oficinas onde os trabalhadores - a maioria bolivianos - eram submetidos a condições de trabalho semi-escravo.
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