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trabalho escravo

Zara rejeita acordo com o Ministério Público

Fracassou o acordo que a Zara pretendia fechar ontem com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para pôr fim ao caso do trabalho irregular em oficinas que prestavam serviço à empresa. A multinacional e empresas terceirizadas foram flagradas em fiscalizações mantendo trabalhadores em regime semelhante ao escravo.

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo MPT, e que não foi aceito pela empresa, tinha 47 cláusulas e obrigava a Zara a pagar R$ 20 milhões por danos morais. O valor seria destinado a programas que visam melhorar a vida do trabalhador. O MPT também pedia o fim das subcontratações e das "quarteirizações" – a terceirização da terceirização – nas oficinas que prestam serviços à empresa e a responsabilidade da Zara sobre sua cadeia de produção.

A Inditex, dona da Zara, tem 46 fornecedores no Brasil e 313 oficinas subcontratadas, com quase 11 mil funcionários. A proposta da empresa era a de manter o controle da cadeia, melhorar as condições de trabalho no setor e apoiar a integração social dos migrantes, investindo R$ 3,1 milhões em diversos projetos.

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