O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, anunciou nesta sexta-feira (12) que a zona do euro concordou em ampliar em sete anos o prazo de devolução dos empréstimos concedidos à Irlanda e Portugal.

CARREGANDO :)

Dijsselbloem disse que o acordo político anunciado em Dublin deve ser ratificado amanhã também pelos 27 membros da UE (União Europeia), que estão reunidos na capital irlandesa em um encontro do Ecofin (conselho de ministros das Finanças do bloco).

A UE e o FMI (Fundo Monetário Internacional) concederam um resgate de 78 bilhões de euros a Portugal e de 85 bilhões de euros à Irlanda.

Publicidade

Portugal, antes, teria de pagar por vencimentos de dívida 16 bilhões de euros em 2015 e 19,8 bilhões de euros em 2016, dos quais 2,3 bilhões de euros do primeiro ano e 9,9 bilhões de euros do segundo correspondem a empréstimos contraídos no resgate estipulado em 2011.

O presidente do Eurogrupo contou que os membros da zona do euro manifestaram preocupação sobre a decisão do Tribunal Constitucional português de anular várias das medidas de austeridade incluídas no orçamento do país para 2013. No entanto, Dijsselbloem disse que as autoridades portuguesas asseguraram que examinam medidas alternativas para "compensar" as consequências da decisão judicial e cobrir o buraco orçamentário.

O dirigente do Eurogrupo lembrou que a última revisão da troika -Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e FMI- sobre o cumprimento das condições de seu resgate foi positiva, por isso parabenizou o governo português pelos progressos alcançados em "condições difíceis".

Para realizar os pagamentos, cobrir os vencimentos de dívida de 2014 (de quantia similar) e satisfazer suas necessidades financeiras, Lisboa necessitará captar no mercado cerca de 110 bilhões de euros em três anos.

Em relação à Irlanda, o vice-presidente da Comissão Europeia e representante de Assuntos Econômicos e Monetários do bloco, Olli Rehn, destacou que a prorrogação dos prazos de devolução de seus empréstimos representa outro "passo importante" para que o país retorne definitivamente em 2013 aos mercados de dívida e abandone, como está previsto, seu programa de ajuda no final deste ano.

Publicidade

Dijsselbloem também ressaltou os "firmes" progressos efetuados por Dublin para cumprir com as condições de seu resgate, o que transforma o país em um "exemplo" de que os programas de ajuste "funcionam".