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Recuperação

Zona do euro dá suspiro de crescimento

Porto de Hamburgo: economia alemã foi o principal motor do crescimento europeu. Mas, apesar da alta no trimestre, na comparação com o ano anterior o bloco europeu ainda está em contração | Fabian Bimmer/Reuters
Porto de Hamburgo: economia alemã foi o principal motor do crescimento europeu. Mas, apesar da alta no trimestre, na comparação com o ano anterior o bloco europeu ainda está em contração (Foto: Fabian Bimmer/Reuters)

A economia da zona do euro saiu da recessão mais longa do pós-guerra no segundo trimestre de 2013 com uma expansão mais forte que a esperada.

A agência oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos 17 membros do bloco cresceu 0,3% no segundo trimestre em comparação com o primeiro. Ante o segundo trimestre de 2012, entretanto, houve uma contração de 0,7%.

O resultado marcou a expansão trimestral mais acelerada desde os primeiros três meses de 2011. O retorno ao crescimento da zona euro depois de seis trimestres seguidos de contração foi impulsionado pela Alemanha.

Contra as expectativas de muitos economistas, a França também desempenhou o seu papel. Mas uma surpresa ainda maior foi Portugal, onde a atividade econômica avançou 1,1% no trimestre – a maior taxa de crescimento registrada na Europa.

As economias da Áustria, Estônia, Bélgica, Eslováquia e Finlândia também mostraram expansão no trimestre. Por outro lado, as economias de Itália, Espanha e Holanda tiveram contração, mas de forma menos acentuada do que no primeiro trimestre.

O Chipre mais uma vez experimentou o maior declínio, ao registrar uma queda de 1,4% no PIB, após um recuo de 1,7% no primeiro trimestre.

Recuperação fraca

A volta da zona do euro a um crescimento fraco deve motivar políticos europeus a afirmarem que a crise no bloco está acabando, dizem especialistas.

Mas muitos economistas avaliam que a recuperação é muito fraca para superar rapidamente os problemas profundos que afligem a zona do euro, incluindo o desemprego.

"Se tivermos três ou quatro anos de crescimento anual entre 2% e 3%, então provavelmente sairemos da crise, mas eu não sei de onde ele viria", afirmou Charles Wyplosz, do Graduate Institute.

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