Motores europeus
Alemanha e França têm alta maior que a dos EUA no 2.º trimestre
Reuters
As economias da Alemanha e da França cresceram mais rápido do que a dos Estados Unidos no segundo trimestre, tirando a zona do euro de sua mais longa recessão e mostrando, entre as duas principais economias europeias, uma força inesperada.
A Alemanha cresceu 0,7%, a maior expansão em mais de um ano, graças principalmente ao consumo doméstico privado e público.
A economia da França, por sua vez, teve uma expansão de 0,5%, tirando o país de uma leve recessão para registrar o crescimento trimestral mais forte desde o início de 2011.
A virada foi provocada pelos gastos do consumidor e pela produção industrial, embora o investimento tenha caído novamente.
Em comparação, a economia dos Estados Unidos, considerada um dos pontos fortes da recuperação global, cresceu 0,4% no trimestre 1,7% em bases anualizadas.
A economia da zona do euro saiu da recessão mais longa do pós-guerra no segundo trimestre de 2013 com uma expansão mais forte que a esperada.
A agência oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos 17 membros do bloco cresceu 0,3% no segundo trimestre em comparação com o primeiro. Ante o segundo trimestre de 2012, entretanto, houve uma contração de 0,7%.
O resultado marcou a expansão trimestral mais acelerada desde os primeiros três meses de 2011. O retorno ao crescimento da zona euro depois de seis trimestres seguidos de contração foi impulsionado pela Alemanha.
Contra as expectativas de muitos economistas, a França também desempenhou o seu papel. Mas uma surpresa ainda maior foi Portugal, onde a atividade econômica avançou 1,1% no trimestre a maior taxa de crescimento registrada na Europa.
As economias da Áustria, Estônia, Bélgica, Eslováquia e Finlândia também mostraram expansão no trimestre. Por outro lado, as economias de Itália, Espanha e Holanda tiveram contração, mas de forma menos acentuada do que no primeiro trimestre.
O Chipre mais uma vez experimentou o maior declínio, ao registrar uma queda de 1,4% no PIB, após um recuo de 1,7% no primeiro trimestre.
Recuperação fraca
A volta da zona do euro a um crescimento fraco deve motivar políticos europeus a afirmarem que a crise no bloco está acabando, dizem especialistas.
Mas muitos economistas avaliam que a recuperação é muito fraca para superar rapidamente os problemas profundos que afligem a zona do euro, incluindo o desemprego.
"Se tivermos três ou quatro anos de crescimento anual entre 2% e 3%, então provavelmente sairemos da crise, mas eu não sei de onde ele viria", afirmou Charles Wyplosz, do Graduate Institute.
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