Autoridades da zona do euro avisaram membros do bloco da moeda única para prepararem planos de contingência na eventualidade de a Grécia deixar o bloco, uma possibilidade que o banco central da Alemanha disse que seria "controlável". Três autoridades disseram à agência Reuters que a instrução foi acordada na segunda-feira durante teleconferência da Equipe de Trabalho do Eurogrupo, que reúne especialistas que trabalham para os ministros das Finanças do bloco.Além da confirmação de três autoridades da zona do euro, a Reuters viu um rascunho elaborado por um membro detalhando alguns elementos que os países da zona do euro devem considerar. "A Equipe de Trabalho do Eurogrupo concordou que cada país da zona do euro deve preparar um plano de contingência, individualmente, para as consequências potenciais de uma saída da Grécia do euro", disse uma autoridade da zona do euro. "Nada foi preparado até agora em nível de zona do euro, por temores de vazamento", completou a autoridade. O Ministério das Finanças grego negou em comunicado que tenha havido um acordo para a preparação de planos de contingência.
A notícia surge em um momento altamente sensível, no dia em que líderes da União Europeia (UE) se reuniram para discutir suas economias em uma cúpula. Embora as atenções voltem-se para a perspectiva de a Grécia deixar o euro, desacordos sobre um plano para emissão conjunta de eurobônus e outras medidas para combater dois anos de problemas com a dívida já foram evidenciados.
Em seu relatório mensal, o banco central da Alemanha disse que a situação na Grécia é "extremamente preocupante" e que está prejudicando qualquer outra ajuda financeira ao ameaçar não implementar reformas acordadas como parte de seus dois planos de resgate.
O banco disse que uma saída do euro apresentaria desafios "consideráveis mas controláveis" para seus parceiros europeus, ampliando a pressão sobre Atenas para manter suas reformas econômicas na linha. Autoridades gregas já disseram que, sem os fundos externos, o país ficará sem dinheiro dentro de dois meses.
Apesar de temores de que os gregos podem abrir a porta de saída se votarem em partidos "antirresgate" na eleição de 17 de junho, a Espanha onde a economia está em recessão e o sistema bancário precisa de reestruturação está na linha de frente da crise, com crescentes preocupações de que também pode precisar de um resgate.