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Europa

Zona do euro volta a temer recessão espanhola

A zona do euro voltou a se preocupar com a situação orçamentária e econômica da Espanha e tem pressionado o país para que reduza seu déficit, justamente em um momento no qual a crise da dívida dava sinais de estar sendo superada pelo bloco.

O comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, e o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, lançaram neste fim de semana advertências a Madri, para que reduza seu déficit público dentro do plano previsto.

Ambos se mostraram inseguros quanto os juros dos bônus espanhóis nos últimos dias.

Mario Monti manifestou no sábado, da Itália, as "incertezas da Europa sobre a Espanha", recordando que quando um Estado da União se vê pressionado pelos mercados, "é preciso muito pouco para que o contágio se estenda a outros países".

A tensão também foi observada em uma reunião informal de altos funcionários europeus organizada neste fim de semana na Lapônia, no norte da Finlândia.

Olli Rehn destacou que os mercados financeiros estão voltando a sancionar a Espanha, fazendo subir os juros dos bônus espanhóis, depois que Madri impôs uma meta de déficit mais modesta para este ano. Após um período de calma, as taxas sobre o bônus espanhol a dez anos alcançaram 5,5%, acima das exigidas pela Itália, que tem sido muito pressionada nos últimos meses.

Ante "a sensação de que a Espanha havia reduzido suas metas orçamentárias, temos assistido a uma reação dos mercados, com vários décimas de pontos básicos (de alta) sobre as taxas das obrigações espanholas, que foram superiores às taxas italianas pela primeira vez em muito tempo", disse Rehn. "Isso ilustra até que ponto a situação é frágil", completou.

No curto prazo, no entanto, a Espanha captou na terça-feira passada 5,044 bilhões de euros em títulos a 12 e 18 meses, com uma taxa menor do que a registrada em operações anteriores.

O Tesouro, que esperava captar entre 4,5 e 5,5 bilhões de euros, foi beneficiado por uma demanda próxima dos 12 bilhões, segundo o Banco da Espanha.

As taxas dos títulos foram de 1,418% a 12 meses (contra 1,899% da última operação similar) e de 1,711% a 18 meses (contra 2,308%).

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