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Aeroportos

Suíços da Zurich Airport estão de olho em mais aeroportos no Sul do Brasil

Aeroportos de Florianópolis
Testes no novo terminal do Aeroporto de Florianópolis, que será inaugurado nesta terça (Foto: Felipe Carneiro/Floripa Airport)

A Zurich Airport, que detém a concessão dos aeroportos de Florianópolis (SC), Macaé (RJ) e Vitória (ES) e participação acionária no aeroporto de Confins (MG), tem interesse em novas operações no Brasil. O próximo leilão de concessões de aeroportos está programado para o ano que vem e envolverá três lotes, com 22 terminais: Norte 1 (Manaus e seis aeroportos), Central (Goiânia e cinco aeroportos) e Sul (Curitiba e oito aeroportos).

Um dos blocos considerados mais atrativos pela empresa suíça é o Sul, formado pelos aeroportos Bacacheri, Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina (PR); Joinville e Navegantes (SC) e Bage, Pelotas e Uruguaiana (RS).

“Apesar de ser cedo para falar, é um bloco muito atraente que oferece boas oportunidades de negócios”, diz Tobias Markert, CEO da Floripa Airport, subsidiária da Zurich Airport.

A concessão, que deve durar 30 anos, prevê a aplicação de R$ 2,2 bilhões em investimentos. Os nove aeroportos tiveram um movimento de 8,05 milhões de passageiros entre janeiro e agosto, segundo a Infraero.

A proximidade de quatro aeroportos - de Curitiba a Florianópolis são cerca de 300 km e há quatro terminais com operações comerciais - não assusta a empresa. “Eles se complementam entre si. Florianópolis é mais turístico, Joinville mais executivo, por exemplo”, diz o CEO. O grupo suíço pretende analisar todas as opções disponíveis no próximo leilão de concessões.

Modelo para aeroportos

Nesta terça, a Floripa Airport coloca em operação o novo terminal de passageiros do aeroporto de Florianópolis, formalmente inaugurado no sábado. Foram investidos R$ 960 milhões na construção do empreendimento, que elevará a capacidade de movimentação de passageiros de 2,1 milhões para 8 milhões.

Um dos desafios é melhorar a satisfação do passageiro em relação ao terminal, o segundo pior avaliado no país, segundo levantamento feito pelo Ministério da Infraestrutura.

Algumas das principais deficiências são a disponibilidade de tomadas, a qualidade da internet disponibilizada pelo aeroporto, a disponibilidade de sanitários, a disponibilidade de assentos na sala de embarque, a limpeza geral e o tempo de fila no check-in (autoatendimento) e na imigração.

O objetivo de Markert é colocar Florianópolis, o mais breve possível, entre os três aeroportos melhor avaliados do país. Eles são Curitiba, Vitória e Campinas.

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Isto poderá atrair mais companhias. “Às vezes, as companhias não voam para um destino por causa do aeroporto”, diz Markert. Uma que já confirmou novas operações é a Argentina Flybondi, que ligará a capital catarinense a Buenos Aires (aeroporto El Palomar), três vezes por semana, a partir de 20 de dezembro.

Outro desafio é de incorporar o conceito de cidade-aeroporto. O primeiro passo foi dado com a inauguração de um centro de lazer, entretenimento e serviços na entrada do aeroporto. “Também vemos oportunidades para centros de convenções, universidades, shoppings e hotéis.”

*O jornalista viajou a convite da Floripa Airport

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