A Zurich Airport, que detém a concessão dos aeroportos de Florianópolis (SC), Macaé (RJ) e Vitória (ES) e participação acionária no aeroporto de Confins (MG), tem interesse em novas operações no Brasil. O próximo leilão de concessões de aeroportos está programado para o ano que vem e envolverá três lotes, com 22 terminais: Norte 1 (Manaus e seis aeroportos), Central (Goiânia e cinco aeroportos) e Sul (Curitiba e oito aeroportos).
Um dos blocos considerados mais atrativos pela empresa suíça é o Sul, formado pelos aeroportos Bacacheri, Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina (PR); Joinville e Navegantes (SC) e Bage, Pelotas e Uruguaiana (RS).
“Apesar de ser cedo para falar, é um bloco muito atraente que oferece boas oportunidades de negócios”, diz Tobias Markert, CEO da Floripa Airport, subsidiária da Zurich Airport.
A concessão, que deve durar 30 anos, prevê a aplicação de R$ 2,2 bilhões em investimentos. Os nove aeroportos tiveram um movimento de 8,05 milhões de passageiros entre janeiro e agosto, segundo a Infraero.
A proximidade de quatro aeroportos - de Curitiba a Florianópolis são cerca de 300 km e há quatro terminais com operações comerciais - não assusta a empresa. “Eles se complementam entre si. Florianópolis é mais turístico, Joinville mais executivo, por exemplo”, diz o CEO. O grupo suíço pretende analisar todas as opções disponíveis no próximo leilão de concessões.
Modelo para aeroportos
Nesta terça, a Floripa Airport coloca em operação o novo terminal de passageiros do aeroporto de Florianópolis, formalmente inaugurado no sábado. Foram investidos R$ 960 milhões na construção do empreendimento, que elevará a capacidade de movimentação de passageiros de 2,1 milhões para 8 milhões.
Um dos desafios é melhorar a satisfação do passageiro em relação ao terminal, o segundo pior avaliado no país, segundo levantamento feito pelo Ministério da Infraestrutura.
Algumas das principais deficiências são a disponibilidade de tomadas, a qualidade da internet disponibilizada pelo aeroporto, a disponibilidade de sanitários, a disponibilidade de assentos na sala de embarque, a limpeza geral e o tempo de fila no check-in (autoatendimento) e na imigração.
O objetivo de Markert é colocar Florianópolis, o mais breve possível, entre os três aeroportos melhor avaliados do país. Eles são Curitiba, Vitória e Campinas.
Isto poderá atrair mais companhias. “Às vezes, as companhias não voam para um destino por causa do aeroporto”, diz Markert. Uma que já confirmou novas operações é a Argentina Flybondi, que ligará a capital catarinense a Buenos Aires (aeroporto El Palomar), três vezes por semana, a partir de 20 de dezembro.
Outro desafio é de incorporar o conceito de cidade-aeroporto. O primeiro passo foi dado com a inauguração de um centro de lazer, entretenimento e serviços na entrada do aeroporto. “Também vemos oportunidades para centros de convenções, universidades, shoppings e hotéis.”
*O jornalista viajou a convite da Floripa Airport
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