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Temos por filosofia nas escolas a primordial função de educar, ensinar, dentro de princípios que consideramos universais. Ensi­namos por meio de exemplos e projetos, conceitos importantes que o ser humano deve levar para a vida, como solidariedade, honestidade, justiça e humildade.

Mas na escola "pagamos uns mi­­cos", como dizem nossas crianças e adolescentes, pois organizamos nossos processos, ensinamentos e ações de forma correta, mas quando o assunto é a sociedade em geral e a classe política, nossos alunos veem o oposto do que ensinamos.

Ensinamos a reciclar, mas em uma visita ao Aterro da Caximba se vê a falta de comprometimento da sociedade. Ensinamos as leis de trânsito, mas nosso aluno vê as pessoas usando celular na direção ou passando sinal fechado.En­­sinamos a falar a verdade, mas os políticos aparecem mentindo.

Esses são exemplos para que possamos juntos avaliar o quão nosso trabalho se perde, por conta de pessoas descomprometidas e de uma sociedade que, em boa parte, é individualista e arrogante.

Vale ressaltar, a escola paga mi­­co, sim, todos os dias. Quem sa­­be, por este motivo a escola tenha passado a ser tão chata e não prazerosa. Quem sabe por isso nosso aluno não queira mais estudar, afinal, aprender conceitos de conduta é desnecessário em um país em que tudo pode.

Temos que refletir sobre o que ensinamos e o que o mundo e a mídia têm pregado e valorizado. Para as crianças, a visualização do que acontece é gravada no cérebro, inserida na memória e avaliada.

Que tal assumirmos um papel de referencial e mudar o foco das mídias brasileiras, pois assim iremos valorizar pequenas ações, as colocando em evidência. Quem sabe possamos ter outros exemplos para nossa juventude.

Esther Cristina Pereira é psicopedagoga, diretora da Escola Atuação e membro do Conselho de Educação RPC.

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