Com diversas propostas e ações voltadas ao meio ambiente, o projeto Ler e Pensar provocou uma verdadeira "revolução responsável" nas mais de 360 escolas públicas e privadas que desenvolveram suas atividades nesse primeiro semestre letivo de 2011.
Em 26 municípios de Curitiba, região metropolitana e litoral, estas escolas não apenas se engajaram nas atividades ambientais sugeridas pelo projeto como também puderam descobrir, na prática, que é possível alinhar aprendizado cidadão à produção de conhecimento.
Na Escola Municipal Devanira Ferreira Alves, em Quatro Barras, todos já sabem que meio ambiente e cidadania são conceitos indissociáveis. E um exemplo disso são os alunos de 5.° ano da professora Sandra Mara Gonçalves.
Tendo como ponto de partida as reportagens da Gazeta do Povo sobre as enchentes em Morretes e Antonina, Sandra Mara realizou atividades com conteúdo ambiental envolvendo conscientização e protagonismo.
O projeto resultou em arrecadação e doação de roupas e alimentos, entregues na Escola Municipal Professora Aracy Pinheiro Lima localizada numa das regiões mais atingidas pela tragédia. "É muito importante que nossos alunos se sintam agentes transformadores, sobretudo numa sociedade que precisa de pessoas com iniciativas positivas e que buscam construir um mundo melhor", afirma a professora.
Já em Contenda, na Escola Municipal Professora Vanilda Dzierwa, as reportagens publicadas na Gazeta do Povo foram fonte de motivação e informação para um projeto de combate à dengue que envolveu alunos, professores e a comunidade.
Protagonizado pela turma do 4.º ano, o projeto Dengue contou com a produção de textos informativos, folders de campanhas, cartazes e faixas que foram afixadas em pontos comerciais e em locais públicos, com o objetivo de alertar a população.
"Nós já desenvolvíamos um projeto de reciclagem na escola, mas nesse ano decidimos associar arte, jornal e meio ambiente. Os resultados já são percebidos por toda a equipe com comemoração: em casa, começaram a mudar de atitude por causa da leitura, e agora as crianças se sentem responsáveis por isso", relata a diretora da escola, Maricler Kusma Gritten.