O adolescente de 15 anos que agrediu a socos uma professora em Indaial (SC) se diz arrependido do episódio. “Isso não deveria ter acontecido. Quero mostrar pras pessoas que não sou um monstro”, disse em entrevista exibida pelo Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (27). Na semana passada, ao saber que seria internado provisoriamente por até 45 dias, o jovem fugiu de casa.
Já envolvido em outros três casos de agressão ou ameaça – contra um colega, a própria mãe e um conselheiro tutelar –, o adolescente afirma ter sido chamado de “fdp” pela professora. “Passou um filme de eu e da minha mãe na minha cabeça e daí já vi a diretora atrás de mim, me segurando.”
LEIA MAIS: O que o caso da agressão à professora ensina sobre as discussões na internet
A versão da professora é diferente. Ela diz ter solicitado ao estudante que tirasse o livro das pernas e o colocasse em cima da carteira, durante a aula de Português. Ao ouvir a resposta que ele “colocaria onde quisesse”, mandou o aluno para a direção e foi atingida pelo livro na cabeça – ele afirma ter jogado o material no chão. Na diretoria, o estudante a acertou com tapas, um soco no olho e a jogou na parede.
Ao tentar explicar o comportamento do garoto, a mãe dele contou que o ex-marido é alcoólatra e a agredia na frente do jovem. “Ele também apanhou várias vezes do pai. Tudo isso mexe com ele”, declarou.
A professora agredida, por sua vez, afirmou que, em respeito aos vários alunos carinhosos e respeitosos que tem, vai voltar para a sala de aula. “Por eles e pela educação, se meu olho voltar a brilhar, porque hoje ele está fechado”, lamentou.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”