Candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin| Foto: NELSON ALMEIDAAFP

O candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou na noite de sexta-feira (10) ser favorável à cobrança de mensalidade na pós-graduação em universidade pública apenas de cursos de especialização, não de mestrados e doutorados.

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Há dez dias, em entrevista à Globonews, o tucano havia sido mais categórico ao falar de ensino superior pago. "O primeiro passo seria cobrar toda a pós-graduação", disse na ocasião.

Na sexta, Alckmin fez seu primeiro evento de campanha ao lado do candidato a governador João Doria (PSDB). A cidade escolhida foi Taubaté (SP), onde o presidenciável fez faculdade de medicina em escola privada. Em diversas ocasiões, ele contou ter "tomado bomba" nas universidades públicas, isto é, não foi aceito.

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"Em relação a ensino universitário, nós vamos apoiar, e a pós-graduação não tem nada contra. O que eu coloquei é que alguns cursos especialmente de especialização não tem sentido não pagar", disse. 

"Hoje todos os cursos de especialização já são cobrados, é o chamado lato sensu. A USP cobra, a Unesp cobra, a Unicamp, universidade federal, isso é normal. É natural que pague até para ajudar a universidade, é uma fonte de renda para poder investir mais. A não ser que a pessoa precise, aí você dá uma bolsa", complementou.

Então, foi assertivo ao negar que o mesmo valha para mestrados e doutorados. "O stricto senso, você não cobra, não cobra. Vamos continuar com pós-graduação gratuita", afirmou.

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Neste sábado (11), em sua coluna na Folha de S. Paulo, o professor de ciência política da USP André Singer analisou a posição de Alckmin em relação ao tema. Para o acadêmico, que é ligado ao PT, ao defender o ensino superior pago, o tucano acena ao eleitorado conservador, que ele disputa com Jair Bolsonaro (PSL).