Curitiba e São Paulo - A família de um estudante de 18 anos registrou um boletim de ocorrência na noite de segunda-feira em Fernandópolis (SP), após o rapaz ser obrigado a beber álcool combustível durante um trote. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o jovem compareceu à delegacia com a roupa rasgada, sem camisa, com o rosto todo pintado e aparentemente embriagado.
Durante depoimento, o aluno contou que estava em sua primeira aula do curso de Veterinária na Universidade Unicastelo quando vários veteranos entraram na sala e o tiraram à força do local. Os alunos retiraram o tênis da vítima e rasgaram sua roupa, além de dar tapas no rosto e obrigar a tomar bebida alcoólica. Segundo o calouro, depois disso ele foi levado para uma avenida, onde foi obrigado a pedir dinheiro aos motoristas e ingerir álcool combustível, além de fumar. Se não obedecesse às ordens, seria excluído do grupo.
Alunos do quinto ano de Veterinária que teriam participado do trote deverão ser ouvidos nesta semana. De acordo com a assessoria da Unicastelo, será feita uma sindicância para apurar que alunos participaram ou permitiram o trote. Estes estudantes vão perder a vaga na universidade.
UFPR
O resultado dos exames toxicológicos feitos após o trote que levou um calouro de Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) a ficar 24 horas na UTI devem sair até sexta-feira. Um processo administrativo para apurar as informações foi aberto pela UFPR no dia 26 de janeiro. A previsão é que as investigações sejam concluídas em até 30 dias, quando terminar a coleta dos depoimentos com os presentes no local.
Segundo os pais do calouro, ele teria sido obrigado a ingerir bebidas alcoólicas e uma substância de cor vermelha durante o trote realizado no câmpus de Ciências Agrárias da UFPR, no bairro Cabral. O menino recebeu alta no dia 24. "Agora ele passa bem. Isso que é importante", afirma a mãe.