Alunos da rede estadual de ensino do Paraná terão, nesta sexta-feira, Dia do Funcionário Público, 1h30 a menos de aulas. Dos 50 minutos destinados a cada uma das cinco aulas, serão dados 30 minutos. O tempo restante será usado em debates sobre a Educação no estado. Os professores também organização um ato junto ao Poder Executivo, com ameaça de greve caso não haja sucesso nas negociações.
"Às 10h30 os alunos serão dispensados e faremos o lançamento da campanha de valorização dos trabalhos em educação", afirma o presidente da APP-Sindicato, professor José Lemos. Segundo ele, a principal discussão será o orçamento do estado para o setor. A categoria quer garantir que os 25% (R$ 2,120 milhões)determinados para a Educação Básica sejam investidos este ano estado.
"Nos últimos anos o governo não cumpriu. Em 2003, foram 19,8% e em 2004 foram 19,3%", explica Lemos, que afirma preocupação também com os investimentos para 2006. "O governador já mandou proposta para a Assembléia Legislativa com previsão de aplicar R$ 1,850 milhões. Isso é inaceitável", protesta.
Lemos afirma ainda que os valores a menos serão cobrados da Secretaria da Fazenda, durante ato de representantes da categoria no dia 10 de novembro. "A Secretaria é a tesouraria do estado. Vamos pedir a devolução de R$ 785 milhões que deixaram de ser aplicados em 2003 e 2004". Outra questão discutida será a reposição das perdas salariais. "Se não isso, já ficaremos contentes se houver equiparação com os salários dos servidores de outras secretarias do estado, o que daria 48%", diz Lemos.
Segundo o professor da APP-Sindicato, a categoria se reúne em uma assembléia geral para avaliar o andamento das negociações com o governo do estado no dia 19 de novembro. "Dependendo da situação podemos construir uma greve geral, por tempo indeterminado", conclui Lemos.
Atualmente, o Paraná tem 2.100 escolas estaduais, com 1,5 milhão de estudantes e 70 mil professores na ativa.
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