Alunos de escola pública são levados para ato “Fora Temer!”

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Estudantes de uma escola municipal em Maricá (RJ) foram levados para uma manifestação contra o presidente Michel Temer. A participação de alunos do ensino fundamental teria sido pedida aos pais por meio de uma autorização enviada pela escola e organizado pela União Maricaense dos Estudantes (UMES). 

O ato foi denunciado pela mãe de um estudante, de 13 anos. Segundo relato publicado por ela no Facebook, ela teria visto a manifestação no centro da cidade e ligado para o filho, que contou ter sido levado para lá. 

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“Retirei meu filho de lá, aos berros, pois confiei na Educação do Município, confiei meu filho aos tutores escolares, confiei meu filho a educadores”, conta a mãe. 

Segundo ela, professores e adolescentes usavam camisetas com estampa de Che Guevara, bonés com a bandeira de Cuba e gritavam “Fora Temer!”. 

“Vi crianças marchando, seguindo adultos vestidos de comunistas, gritando pela cidade palavras de ordens... Meu filho disse que não sabia do que se tratava, que foi informado que a reunião seria para conversar sobre a educação, para ouvir as opiniões deles”, diz.

Outro lado

De acordo com o presidente da UMES, Carlos Vinícius, a manifestação foi realizada pela união e não teve vínculos com a escola.

“Faltou a mãe ficar atenta à informação: deixamos bem claro que não se tratava de um passeio, mas de um congresso da UMES. E deixamos ainda mais claro que era desvinculado de qualquer escola”, afirmou Carlos em entrevista à Gazeta do Povo. 

Em nota, a prefeitura afirmou que o evento não foi uma ação oficial e apenas recebeu apoio da prefeitura como ela “costuma fazer” com todas as iniciativas. 

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“Coube exclusivamente à UMES toda a parte de organização, o que incluiu a confecção e distribuição dos convites timbrados para todos os estudantes em todas as unidades de ensino públicas e privadas da cidade, nos quais havia claramente a indicação do teor do encontro”, diz a nota. 

“Em nenhum momento a Prefeitura ou a Secretaria de Educação deram qualquer orientação política aos alunos sob sua responsabilidade. Não nos cabe esse papel”, concluiu.