O que fazer?
Veja o que a Secretaria de Estado de Educação sugere que a escola faça em casos de urgência médica:
> Não medicar os alunos.
> Prestar apenas a primeira assistência. Dependendo da gravidade, chamar o pai para que leve o aluno para casa.
> Ter sempre em mãos os telefones de emergência.
> Em casos mais graves, procurar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As escolas também podem optar por um serviço privado, caracterizado por um convênio.
> Orientar todos os professores e funcionários da escola a respeito dos procedimentos corretos.
> A escola que não cumprir as regras pode ser multada pela Vigilância Sanitária. O valor da multa varia entre R$ 133 e R$ 4,7 mil.
Esqueça os comprimidos, mercúrio e água oxigenada. Pela lei, o ambulatório das escolas deve ter apenas material suficiente para prestar o primeiro atendimento ao aluno. E nele não estão incluídos medicamentos. Essa determinação, feita por uma resolução estadual de 2002, é uma medida para evitar os prejuízos que a medicação aplicada de forma errada possa causar, como justifica Lílian Mary Alberton, técnica pedagógica da superintendência da Secretaria de Estado da Educação.
Lílian diz que os alunos não são iguais entre si e que, por isso, medicá-los poderia ser perigoso: até mesmo a aparentemente inofensiva água oxigenada pode provocar reações alérgicas. "Caso ocorra um acidente grave, a escola deve acionar a unidade de atendimento e comunicar os pais imediatamente, mas nunca medicar o aluno", diz ela.
Na Escola Santa Teresinha, esse procedimento foi incorporado ao dia a dia. "Em casos de acidentes com traumas, a escola aciona uma ambulância. A enfermeira só poderá ministrar remédios se os alunos o trouxerem com uma receita médica", afirma Marisa Siewert, coordenadora de marketing da escola. Em casos de queixas e dores, embora nem sempre o médico seja chamado, os pais são avisados da ocorrência por telefone ou por registros na agenda do filho, para que possam avaliar o problema.
A recomendação da Secretaria de Estado de Educação é de que o colégio evite qualquer tipo de medicamento, mesmo que os pais aconselhem por telefone. "Os ambulatórios não podem funcionar como postinhos dentro das escolas. Não pode haver atendimento, pois o único profissional que pode fazer isso é o médico", afirma Lílian.
Ficha de saúde
Com essas restrições, as escolas tentam se cercar de todo conhecimento prévio sobre a saúde dos alunos. Organizar fichas com os dados médicos deles tornou-se corrente na maior parte dos colégios particulares do Paraná. Mas esse procedimento não é obrigatório por lei. "Não é enviado um documento padrão às escolas para uma entrevista sobre a saúde do estudante. Isso é opcional. Elas costumam fazer isso no ato da matrícula, quando levantam as doenças que o aluno tem", diz a técnica pedagógica da superintendência da Secretaria de Estado da Educação.
Marisa explica que no ambulatório da Escola Santa Teresinha, um arquivo com todas as fichas de saúde dos alunos fica à disposição para a consulta dos professores. Nelas, o histórico médico é descrito em detalhes e ajuda a entender o problema pelo qual o aluno pode estar passando. "O professor deve saber tudo antecipadamente. Assim, se o estudante apresenta algum problema, há mais informações disponíveis", completa.
Segundo Eliane Dzierwa Zaionc, coordenadora da quinta e sexta séries do Colégio Medianeira, quase todos os pais fazem questão de completar a ficha médica dos filhos. "Eles sabem da importância e preenchem mesmo em casos de rematrícula", diz ela.
Enfermarias
Embora a maioria das escolas particulares tenha ambulatório, isso não é obrigatório por lei, como explica a técnica pedagógica da Secretaria de Estado da Educação. No Colégio Medianeira há duas enfermarias que, segundo Eliane, costuma atender principalmente ocorrências ortopédicas. "Elas são mais comuns por causa de tombos no esporte ou até mesmo de incidentes nas escadas", diz a coordenadora. Em casos não triviais, a família é contatada na hora e, se necessário for, o aluno é levado para o hospital de preferência dos pais.
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