O acesso à internet pelo celular é unanimidade entre os universitários brasileiros. Ou quase: pesquisa feita pela SurveyMonkey, a pedido da rede social PasseiDireto, aponta que 94,5% dos estudantes de graduação utilizam algum dispositivo móvel para se conectar. Embora o aparelho seja usado principalmente para acessar redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, ele também pode ser um aliado na hora dos estudos. Para saber como aproveitá-lo melhor , a Gazeta do Povo ouviu professores universitários sobre seus aplicativos preferidos.
A dica é começar pelos apps mais populares, que muitas vezes já vêm instalados no aparelho. Uma opção é criar uma agenda para determinada disciplina, para cadastrar a ementa e datas de provas e entregas de trabalho. A agenda pode ser compartilhada entre professores e alunos, e todos têm acesso às mesmas informações.
Plataformas de compartilhamento de arquivos, como Google Drive e Dropbox, também facilitam a vida dos acadêmicos. Em vez de mandar o trabalho por e-mail, por exemplo, basta salvá-lo na “nuvem”, arrastando para o site, como se fosse um anexo. Vale para todo tipo de arquivo, como texto, tabela, imagens e apresentações. A partir do aplicativo, é possível criar e editar os arquivos direto pelo celular ou tablet.
Para os professores, há apps que ajudam a preparar a aula. É o caso do Socratise, que permite criar um “quiz” sobre os temas que vão ser trabalhados em sala. Ao longo da aula, a professora pede que os alunos votem, e o aplicativo gera uma estatística com os resultados mais populares.
Já uma dica para os alunos são aplicativos de gerenciamento de projetos, como o Trello. Ele permite dividir as tarefas em um trabalho em grupo, determinando quem fará o quê e qual o prazo de entrega.
Além disso, há aplicativos específicos para cada área profissional. Na área da saúde, os atlas do corpo humano são bem populares. No Direito, aplicativos de jurisprudência e códigos permitem acessar estes conteúdos mesmo quando o usuário está offline. Nas exatas e engenharias, há aplicativos gratuitos que realizam cálculos matemáticos antes restritos a equipamentos de ponta.
Criação de apps
Professor certificado pelo Google, Paulo Henrique Tomazinho, acredita que “a nova onda vai ser de aplicativos produzidos pelos próprios professores”. Ele mesmo já disponibilizou na loja Google Play nove apps diferentes, produzidos pelos professores de Odontologia da Universidade Positivo. O mais popular é o “GTO – guia terapêutico odontológico”, com quase 45 mil downloads. “Representa quase a totalidade dos estudantes de Odontologia que têm Android”, diz.
Tomazinho é mentor da plataforma EduApps, que ensina professores leigos em linguagem de programação a criarem seu próprio aplicativo de maneira gratuita. A inscrição pode ser feita pelo site www.eduapps.com.br.