Pivô da disputa com o grupo de alunos do escritor Olavo de Carvalho no Ministério da Educação (MEC), o coronel-aviador Ricardo Wagner Roquetti será exonerado do cargo que ocupa na pasta nos próximos dias. A ordem teria sido dada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL) por telefone ao ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez. As informações foram confirmadas por Roquetti. O Ministério ainda não confirma a informação.
Neste domingo (10), Olavo de Carvalho afirmou que apenas um olavista sairá do MEC. “Com exceção de um só, que pediu dispensa por motivos pessoais, nenhum olavette saiu do MEC. Quem saiu, exoneradíssimo, foi o gostosão que os estava perseguindo e boicotando”, escreveu no Facebook em referência à Roquetti.
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Ao longo do dia, os “olavistas” divulgaram um texto em que relatam que o Roquetti atua como um “segurança” de Vélez Rodriguez e emplacou aliados de empresas contratadas pelo MEC em cargos influentes na pasta.
Rota de colisão
O filósofo Olavo de Carvalho, considerado o “guru” da nova direita brasileira, entrou em rota de colisão com peças-chave do governo de Jair Bolsonaro nos últimos dias. Um número elevado de postagens críticas de Olavo nas redes sociais e a demissão de seguidores do filósofo na Esplanada se sucederam, o que despertou o debate sobre a real influência que, hoje, Carvalho tem sobre o governo federal.
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Olavo atacou ministros – sem citar nomes, disse que há “traidores filhos da puta dignos de serem jogados na privada” – e o núcleo militar da gestão Bolsonaro. Disse que os generais “caem de joelhos” para os veículos de comunicação. Contrariado, Olavo recomendou que seus alunos deixassem o governo e voltassem “à vida de estudos”.
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