Depois dos protestos que reuniram cerca de 5,5 mil pessoas em Curitiba, em lembrança ao dia 30 de agosto de 1988, quando policiais militares entraram em conflito com professores, a APP-Sindicato recebeu do governo do Paraná o compromisso pela contratação de 300 profissionais aprovados em concurso público em 2013. Além dessa pauta, o estado se comprometeu a dar prosseguimento aos processos seletivos para a contratação de funcionários para as escolas: administrativos, merendeiras e zeladores.
29 de abril
Segundo os representantes do governo na reunião, a falta no dia 29 de abril, demanda antiga da APP, não será retirada. Já a referente à ausência por causa dos protestos desta terça-feira (30) não será lançada.
No entanto, um projeto de lei que tramita na Alep visa a abonar a falta do dia 29 de abril. Segundo o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, 19 deputados estaduais são signatários dessa medida. Caso aprovada, a medida vai afetar o cumprimento dos 200 dias letivos.
Segundo a Secretaria de Educação do Paraná (Seed), a abertura dos novos concursos e a contratação célere dos aprovados já foram solicitadas à Comissão de Política Salarial, que delibera sobre as despesas do governo. As duas foram as únicas definições da reunião desta terça-feira (30), que contou com a participação do presidente da APP, professor Hermes Leão, do secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, e da secretária de Educação, Ana Seres.
As outras pautas requeridas pelos professores estaduais foram recebidas a “título de análise” pelo governo. Segundo a APP, 8,3 mil funcionários recebem, atualmente, salários abaixo do piso mínimo regional. O sindicato também requereu o reajuste do auxílio-transporte para estes trabalhadores e uma política de progressões aos professores. Essas demandas do magistério também serão avaliadas junto à Comissão de Política Salarial.
“Nesta terça-feira (30) nós conseguimos pressionar o governo para concluir os encaminhamentos da APP. Sobre as progressões, o governo está trabalhando para transferir o pagamento para janeiro. Mas nós queremos implementar essa medida ainda nesse ano. Vamos retomar o debate no dia 14 de setembro”, explica Leão.
À tarde, o presidente da APP participou de uma audiência na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). “Nós pudemos expor a educação como principal plataforma para o desenvolvimento econômico, social e cultural. A educação é um direito do ser humano e qualificá-la é um dever do estado”, ressalta.
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