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O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o pedido para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, sejam investigados pelas supostas práticas de abuso de poder econômico e político. Trata-se de mais um possível desdobramento das suspeitas de tráfico de influência e facilitação na liberação de recursos dentro do Ministério da Educação.
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De acordo com a argumentação do PT, o Ministério da Educação teria sido usado para beneficiar a campanha do pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), já que a suposta liberação de recursos envolveria o apoio de líderes religiosos e prefeitos.
“São condutas graves, tanto do ponto de vista legal (eleitoral), quanto moral, com autoria ostensivamente demonstrada e materialidade que pode ser facilmente comprovada e que estão a demandar, dessa Corregedoria-Geral e do Ministério Público Eleitoral, providências céleres e efetivas para interromper essas práticas e responsabilizar os envolvidos, em preservação à lisura e isonomia do pleito eleitoral vindouro”, alega o partido.
A representação do PT foi assinada pelos deputados federais Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Reginaldo Lopes (PT-MG) - parlamentares do mesmo partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também é pré-candidato à presidência da República e um dos prováveis adversários de Bolsonaro nas eleições 2022. O pedido foi encaminhado ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Mauro Luiz Campbell Marques.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou que tenha ocorrido qualquer irregularidade dentro do MEC. Já Bolsonaro defendeu Ribeiro e disse que o chefe da pasta da Educação tomou as providências necessárias. “Eu boto a minha cara no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, disse o presidente na live de quinta-feira (24).
O presidente também afirmou que uma investigação da Controladoria–Geral da União (CGU) - iniciada em agosto de 2021 após denúncia feita pelo ministro - não encontrou indícios de envolvimento de agentes públicos. A mesma informação foi confirmada pela CGU em seu site oficial. Com isso, as peças foram enviadas para a Polícia Federal e uma investigação sobre o caso foi aberta nesta sexta-feira (25).
A CGU também informou, na quarta-feira (23), que “em função de fatos trazidos à tona por veículos jornalísticos que apresentam relação com o objeto do trabalho realizado pela comissão mencionada no parágrafo anterior, a CGU decidiu por abrir novo procedimento, desta vez uma Investigação Preliminar Sumária (IPS), para investigar os novos fatos, em especial, o pedido de vantagem por terceiros”.