Depois que a imagem de uma ‘brincadeira’ sobre o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro (PSL) circulou nas redes sociais, um professor de história que lecionava na rede Santa Mônica Centro Educacional, na Zona Norte do Rio de Janeiro, decidiu pedir demissão. Na sexta-feira (8), ele celebrou a piora do quadro clínico do presidente e escreveu como frase motivacional do dia: “Bolsonaro está com pneumonia”. O presidente permaneceu 17 dias internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Passou por cirurgia para a retirada de uma bolsa de colostomia e teve outras complicações, como febre e pneumonia.
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À Gazeta do Povo, Marcelo Mendes, diretor de Marketing e Comunicação da rede, disse que a coordenação da escola foi informada logo após o ocorrido. “No começo da tarde de sexta-feira, um colega de trabalho do professor nos enviou a foto, mas, como ele já tinha ido embora, decidimos fazer uma reunião na segunda-feira para entender o que aconteceu e tomar algum tipo de providência”, explica Mendes.
No sábado (9), porém, o próprio professor que escreveu a mensagem decidiu ir à escola. “Ele disse que realmente errou, que era apenas uma ‘brincadeira’ e não achou que ia ter uma repercussão grande”, relata o diretor de Marketing. “O professor admitiu que aquela não era uma postura adequada em sala de aula. É um excelente profissional, tem uma qualificação muito boa, concluiu o doutorado ano passado, mas fez uma brincadeira infeliz”.
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Posicionamento
Sobre o ocorrido, a instituição Santa Mônica Centro Educacional afirmou que “o professor não pode se aproveitar da audiência cativa para impor seu pensamento sobre linha política”, e que “a escola faz reuniões e pede aos docentes para que não haja posicionamento para nenhum lado”.
“Sabemos que é importante esse debate político entre os estudantes, só que o professor é um formador de opinião, por isso, é preciso tomar muito cuidado para não vincular as discussões à ideia partidária. No momento que ele escreveu aquela frase, em um momento infeliz, ele se posicionou, e acabou ofendendo, de certa forma, um aluno que tem uma visão diferente da dele”, diz Marcelo Mendes.
O educador lecionava em duas unidades da rede há cerca de 9 anos.
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