Apesar da mobilização, a Seed acredita que muitos professores darão aulas normalmente| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Estudantes da rede estadual de ensino no Paraná podem não ter aulas nesta terça-feira (30). O sindicato dos professores do Estado, a APP-Sindicato, organiza uma paralisação de 24 horas na rede para lembrar os 28 anos da repressão a professores realizada pelo governo estadual nas manifestações de 30 de agosto de 1988. A interrupção das aulas também tem como objetivo discutir reivindicações da categoria.

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Apesar da mobilização da entidade, que se repete anualmente desde 1988, a Secretaria de Estado de Educação (Seed) acredita que muitos professores não devem aderir à iniciativa e darão aulas normalmente. Como é impossível prever quantos docentes devem participar do ato, pais e responsáveis precisam entrar em contato com as escolas antes de enviar os alunos para a aula.

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Ainda de acordo com a Seed, ainda será definido se as escolas que paralisarem as atividades terão de repor as atividades. A reposição teria como objetivo cumprir os 200 dias de aula letivos e 800 horas de aula, estabelecidos pelo Ministério da Educação.

Programação

Conforme a APP-Sindicato, professores de Curitiba devem se reunir nesta terça na Praça Santos Andrade, às 8h30, para iniciar uma caminhada rumo ao Palácio do Iguaçu. Representantes da entidade se reunirão às 11h com a secretária de Educação, Ana Seres, e o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni.

A pauta deve trazer temas como novas convocações, concursos públicos e o desconto em folha do dia de paralisação. “É um dia de luto e de luta. Neste ano de 2016, a pauta está mais densa. Estamos com um grau de precarização da educação pública muito grande”, comenta o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Brandão.

A APP-Sindicato espera reunir cerca de 5 mil pessoas no ato previsto para acontecer em Curitiba. Ações regionais também devem ocorrer pelo interior do estado.

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