| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Cerca de dez mil professores da rede estadual de ensino, segundo a APP-Sindicato, e 5,5 mil, na versão da Polícia Militar (PM), protestaram na manhã desta terça-feira (30) em lembrança ao dia 30 de agosto de 1988, quando professores foram atacados por policiais militares. Todos os anos manifestações ocorrem no estado nessa data. A APP-Sindicato, que organiza o ato, esperava cerca de 5 mil participantes em Curitiba e outros milhares mobilizados em todo o Paraná. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informa que, de acordo com um levantamento dos 32 Núcleos Regionais de Educação, 85% das escolas da rede estadual estão funcionando normalmente.

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Veja fotos do protesto em Curitiba

Na capital, uma passeata saiu da Praça Santos Andrade em direção ao Centro Cívico. Os professores passaram pelas ruas João Negrão, Marechal Deodoro, Marechal Floriano Peixoto, Praça Tiradentes, Cândido de Abreu e chegaram ao Palácio Iguaçu, onde foram recebidos pela secretária de Educação, Ana Seres, e pelo secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni.

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Durante todo o trajeto, que ocorreu de maneira pacífica, agentes da Setran e do BPTran acompanharam o movimento.

“Nós reapresentaremos nossa pauta ao governo no final da manhã. À tarde participaremos da sessão plenária na Assembleia Legislativa do Paraná. É um dia intenso, de muitas atividades e reivindicações em todo o estado. Nós queremos reforçar nosso posicionamento”, explica o professor Hermes Silva Leão, presidente da APP-Sindicato.

Entre as reivindicações, estão o pagamento das dívidas em atraso com professores e funcionários, a retirada da falta do dia 29 de abril, a política de progressões e a convocação dos aprovados em edital. “Alguns professores foram aprovados em 2013 e ainda não foram chamados. Também tem a questão das progressões, que são garantias dos professores. Vamos reafirmar nossa posição em relação a esses compromissos”, afirma Leão.

Os professores também esperam a retirada da falta no dia 29 de abril, quando foram atacados pela Polícia Militar. Tramita na Alep um Projeto de Lei que prevê o perdão dessa falta, com apoio de 19 deputados estaduais.

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Greve Nacional?

Segundo o presidente da APP, as associações também estão se mobilizando para uma paralisação nacional contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do governo interino de Michel Temer (PMDB) que quebra a vinculação orçamentária obrigatória para as áreas de saúde e educação. Por enquanto, a paralisação está sendo organizada e não há datas definidas.

Caminhada dos professores chega ao Centro Cívico
Representantes discursam após a chegada do ato em frente ao Palácio Iguaçu
Professores protestam nas ruas de Curitiba nesta terça (30)
Passeata que começou na Santos Andrade foi até o Centro Cívico
Ato reuniu cerca de 20 mil professores
Professores caminham pela Rua Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba
Chuva não interrompeu passeata, que foi acompanhada por órgãos responsáveis pelos trânsito da capital
Entre as reivindicações, estão o pagamento das dívidas em atraso com professores e funcionários
Entre as reivindicações, estão o pagamento das dívidas em atraso com professores e funcionários
Os professores também esperam a retirada da falta no dia 29 de abril, quando foram atacados pela Polícia Militar em um ato no Centro Cívico