Uma menina de 10 anos com deficiência visual e apaixonada por ouvir pequenas histórias contadas por sua professora despertou um desejo em uma letróloga de Curitiba: gravar a leitura de contos e divulgar os áudios na internet para serem ouvidos por deficientes visuais. Com o “Projeto Raíssa”, cujo nome foi inspirado na menina que vive em Brasília, a letróloga Lis Augusta – profissional especializada em estudos ligados às Letras – divulga os áudios para os deficientes visuais poderem “ler” (ou seja, ouvir) histórias.
#Prasurdoouvir
Além dos microcontos, a letróloga Lis Augusta também criou um projeto para que vídeos da internet recebessem legendas. Dessa forma, quem não pode ouvir tem acesso ao conteúdo com a leitura da legenda. A ideia surgiu depois que ela viu um post no Facebook do senador Romário, em que ele descrevia o conteúdo de uma imagem. A descrição vinha acompanhada da hashtag #PraCegoVer. Lis, com isso, foi atrás de quem criou essa hashtag e chegou até uma professora da Bahia. “Eu pedi a ela autorização para fazer algo parecido para os surdos e ela deixou. Agora, se alguém souber de algum vídeo sem legenda, pode colocar”, explica.
Participe
Além de usar a hashtag #ProjetoRaissa, quem quiser enviar áudios com leituras de microcontos para o projeto pode mandar os arquivos por email para lisletrologa@gmail.com ou por mensagem pela página Letróloga, do Facebook.
Esse projeto começou quando um livro do escritor Luis Gabriel de Sousa chegou às mãos da professora Raquel Miranda dos Santos Silva, que dá aulas para a menina cega, numa turma regular, no Distrito Federal. Ela começava o dia com a leitura de microcontos do autor. Os textos, sobre temas do cotidiano, eram comentados pelos alunos. “A Raíssa era muito tímida e começou a se soltar depois que leu os contos”, diz a professora.
Em 2014, o escritor esteve em Brasília para o lançamento de seu livro e Raíssa foi conhecê--lo. Amiga do escritor, a letróloga Lis Augusta conheceu o trabalho da professora e pensou em ajudar a desenvolvê-lo. “Eu fiquei pensando: mas e depois da aula, quem lê os contos para ela? Por que não gravamos áudios?”, pensou.
O projeto
A ideia começou a tomar forma em maio de 2015. Lis criou um canal no Youtube. Ela usa um celular para gravar as histórias e passa o conteúdo para a internet, com ajuda do marido e do escritor. Agora também grava textos de outros autores e tem novos parceiros: amigos, professores e comunicadores fazem as leituras.
“Fomos atrás do público alvo e recebemos retorno de instituições que adoraram a ideia e até nos sugeriram fazer uma webradio”, o que está em estudo, conta Lis
O projeto foi ampliado para o Facebook Os vídeos do Youtube são compartilhados na rede social. Com a hashtag #ProjetoRaissa no Facebook, interessados em enviar áudios de contos podem contribuir com mais histórias.
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