Antes oferecidos somente por instituições de ensino superior públicas, os cursos de graduação a distância tiveram crescimento significativo nos últimos cinco anos. Em 2000, eram oferecidos dez cursos de graduação com 1.682 matrículas divididas entre as regiões nordeste, sudeste, sul e centro-oeste do país. Em 2003, segundo o Censo da Educação Superior, já havia no Brasil 39.804 matrículas em 36 cursos.
Somente em 2002 as instituições particulares se interessaram pela área, quando ofereceram nove cursos para 6.392 matriculados. Em 2003, o número de cursos passou para 16 e as matrículas para 10.107, totalizando 49.911 matrículas em todo o país.
Para este ano, o governo federal vai ofertar 17.585 vagas em cursos de graduação a distância em instituições públicas federais, estaduais e municipais. As áreas contempladas são Pedagogia, Matemática, Biologia, Física e Química. São 6.400 vagas para cursos de Pedagogia, 3.565 para Matemática, 3.410 para Biologia, 2.530 para Física e 1.680 para Química.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC), o secretário de Educação a Distância do MEC, Marcos Dantas, explicou que, "como os recursos são escassos, tivemos que eleger prioridades. A escolha de cursos de licenciatura para inaugurar o Programa Universidade Aberta e a Distância, previsto no PPA elaborado pelo Governo Lula deve-se à carência de professores de matemática e ciências em nossas escolas dos ciclos fundamental e médio".
Segundo o secretário, "cálculos indicam um déficit de 150 mil professores nestas disciplinas, em todo o Brasil. Milhões de crianças e jovens estão concluindo os ensinos fundamental e médio tendo recebido poucas ou mesmo nenhuma aula de matemática e ciências. Parecia-nos sensato, considerando o orçamento disponível, alocá-lo exclusivamente no fomento àqueles cursos".
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