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Ensino

Avanço tímido no quadro geral

Matrículas no Paraná |
Matrículas no Paraná (Foto: )

O Paraná apresentou baixo crescimento geral de matrículas, segundo o Censo Escolar. No ensino fundamental ficou em quarto lugar entre os estados que menos cresceram. Na educação básica, apresentou pequena redução. Também na educação infantil, que registra um grande déficit de vagas em Curitiba, o número de matrículas teve um decréscimo no na pré-escola e sofreu um pequeno aumento, 4,2%, nas creches, enquanto a média nacional de elevação foi de quase 11%.

De acordo com a secretária estadual de Educação, Yvelise Arco-Verde, os números estão dentro do esperado, pois não há como o estado aumentar muito mais o número de vagas. "Nem teria alunos para isso", comenta Yvelise.

Para a professora Araci Asinelle, da Universidade Federal do Paraná, a falta de vagas em creches de Curitiba está atrelada à extinção da Secretaria Municipal da Criança, que, em 2006, deixou suas atividades divididas entre a Secretaria Municipal de Educação e o Fundo de Ação Social (FAS) . "A secretaria tem um plano claro, mas na FAS isso não está bem resolvido, porque é uma questão assistencial."

No fim de dezembro do ano passado, época da efetivação das matrículas nos colégios estaduais, a Secretaria Estadual da Educação garantiu que todos os alunos conseguiram vagas. Alguns, porém, continuaram na fila para mudar de escola. "Vagas não faltam, mas sim a possibilidade de o aluno estar matriculado na escola adequada. Ninguém quer colocar seu filho em qualquer lugar. Nisso o estado não responde adequadamente", comenta Araci.

Na educação profissional, que é a categoria que mais aumentou em todo o país, média de 14,7%, o Paraná cresceu metade disso, 7,1%. No ensino para jovens e adultos (EJA), a queda foi de 6,1%. Para a secretária, o importante é que o Paraná aumenta o número de matrículas no ensino profissional a cada ano. "Estamos satisfeitos, pois atendemos à demanda. Hoje, no estado, é preciso ter 18 anos para fazer o EJA. Houve diminuição, portanto, porque uma parte da demanda foi para o ensino médio regular", diz Yvelise.

Contraturno

As atividades fora do horário normal de aula são uma forma de manter as crianças por mais tempo nas escolas e representam uma das ações que estão em quase todos os planos de ações articuladas (PARs) – que fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), proposto pelo governo federal. No Paraná, as matrículas aumentaram e foram pouco mais que 12 vezes maior do que em 2007: saltaram de 6.492 para 73.389. Isso se deve, segundo a secretária, não só ao aumento real de atividades nas escolas, mas também à metodologia usada pelo censo, que passou a contabilizar as atividades de contraturno de outra forma. (AS)

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