Espécie de “bolsa” para estudantes do ensino médio vai priorizar famílias com renda mensal até R$ 218 por pessoa.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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O plenário do Senado aprovou nesta quarta (20) o projeto de lei que pretende conceder um incentivo financeiro semelhante a uma poupança para estimular estudantes do ensino médio a permanecerem na escola e concluírem os estudos. O texto de autoria da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) foi relatado pela senadora Teresa Leitão (PT-PE) e agora aguarda a sanção do presidente da República.

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De acordo com a proposta, a iniciativa busca beneficiar alunos de baixa renda matriculados no ensino médio da rede pública, pertencentes a famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com prioridade para aqueles com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa.

A relatora Teresa Leitão afirmou que o objetivo é estimular a permanência dos estudantes na escola, especialmente os em situação de vulnerabilidade, “focando em uma formação ampla, com maior qualidade e com um ensino médio cada vez mais decente”..

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O incentivo financeiro será concedido por meio de depósitos em conta no nome do estudante, vinculados ao cumprimento de etapas e restrições de movimentação. O projeto estabelece critérios para o acesso ao benefício, incluindo matrícula no início do ano letivo, frequência escolar de 80% das horas letivas, aprovação ao final de cada ano letivo, participação em avaliações, entre outros.

O texto aponta que, em até três anos depois da implementação do incentivo, a condicionante de frequência escolar mínima será aumentada para 85% do total de horas letivas. Caberá ao Ministério da Educação verificar o cumprimento dessas condicionantes pelo estudante.

O montante total destinado ao fundo que financiará o incentivo é de R$ 20 bilhões, sendo R$ 13 bilhões provenientes do superávit financeiro do Fundo Social, criado para receber recursos da exploração de petróleo do pré-sal. A gestão do fundo será realizada por um banco federal, podendo contar também com recursos não utilizados de outros fundos governamentais.

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No caso de descumprimento das condicionantes, os estudantes deverão devolver os recursos ao fundo, com exceção dos incentivos por matrícula e frequência, que têm liberdade de movimentação.

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O projeto destaca que o dinheiro recebido não influenciará no cálculo da renda familiar para outros benefícios socioassistenciais, mas não poderá ser acumulado com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) nem com o Bolsa Família em famílias unipessoais.

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