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INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Bolsas e pesquisas em alta

A estudante de Serviço Social da UEPG, Luciane Kulek, terá trabalho exposto em congresso em São Paulo | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
A estudante de Serviço Social da UEPG, Luciane Kulek, terá trabalho exposto em congresso em São Paulo (Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo)
Veja o racking nacional dos estados que recebem bolsas de iniciação científica |

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Veja o racking nacional dos estados que recebem bolsas de iniciação científica

Ponta Grossa - A pesquisa científica não está restrita somente a carreiras acadêmicas superiores, como mestrados e doutorados. Os números de bolsas de iniciação científica na graduação e até mesmo no ensino médio começam a surpreender. O Paraná tem hoje 4.160 bolsas de incentivo à iniciação científica pagas pelas principais agências de fomento. O objetivo é estimular o desenvolvimento científico em diferentes áreas de conhecimento.

O maior número de bolsas é ofertado pela Fundação Arau­­cária, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. São 2 mil bolsas para alunos de graduação e 468 para estudantes do ensino mé­­dio. O Conselho Nacional de De­­senvolvimento Científico e Tec­­nológico (CNPq) é responsável por outras 1.692 bolsas para universitários, o que coloca o Paraná em quinto lugar no ranking na­­cional das bolsas ofertadas pelo órgão, que teria 29.009 pesquisas de iniciação científica em desenvolvimento.

O maior número de alunos bolsistas está na Região Sudeste do país, que concentra 44,5% do total de ofertas do CNPq. Já no Sul, o estado gaúcho supera o desempenho dos catarinenses e paranaenses, com 2.694 bolsas financiadas pelo CNPq. Para o presidente da Fundação Araucá­­ria, Zeferino Perin, é esperado que as instituições mais tradicionais, como as de São Paulo, abocanhem o maior número de bolsas. Ele acredita, no entanto, que a performance do Paraná está crescendo nessa área.

Perin não apresentou um le­­vantamento estatístico sobre essa ascensão, mas apontou que um indicador confiável é o número de bolsas que foram concedidas pela Fundação Araucária no ano de 2004: apenas 52. "O estado vem avançando sim, mas ainda tem que avançar mais para se colocar no topo da Região Sul", considera.

Para conseguir uma bolsa de iniciação científica, antes de tudo, é preciso ser selecionado por um professor da graduação. O docente apresenta o aluno como orientando, o que dá início ao processo de seleção. A proposta de pesquisa passa pelo crivo da agência de fi­­nanciamento e, se aprovada, co­­meça a ser executada, com prazo de duração de 12 meses. Nesse período, o aluno recebe ajuda de custo da agência e, para tanto, deve declarar não ter qualquer vínculo empregatício. O professor orientador trabalha como voluntário, mas em compensação recebe pontos no seu currículo para obter novas bolsas.

A bolsa de aluno universal ou cotista da Fundação Araucária é de R$ 300, enquanto as bolsas de ensino médio são de R$ 100 mensais. Neste ano, a Fundação Arau­­cária está financiando R$ 7,7 milhões em bolsas de iniciação científica no Paraná e o CNPq investindo R$ 4,9 milhões no estado (de um total de R$ 27 milhões em todo o país). O orçamento do próximo ano na Fundação Arau­­cária ainda não está fechado, po­­rém, Perin acredita que se man­­terá no patamar deste ano.

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